A Globo teria decidido se distanciar de Cássia Kis. Segundo informações da revista Veja, após o fim da novela “Travessia”, de Gloria Perez, a emissora dará “um tempo” na imagem da atriz, que se queimou entre funcionários e grande parcela dos telespectadores por seu engajamento nos atos antidemocráticos de bolsonaristas, embriões do ataque terrorista em Brasília no domingo passado (8/1). Antes disso, ela já tinha causado polêmica ao dar declarações homofóbicas numa live.
Há relatos de que Cássia Kis acumula uma série de reclamações por parte de funcionários no compliance da emissora, que a acusam de intolerância política, religiosa e homofobia. Entre outros apelidos, ela teria se tornado conhecida como Perpétua nos bastidores da Globo, numa referência à personagem de Joana Fomm, em “Tieta” (1989). Na novela clássica, a vilã era uma beata reacionária que defendia valores ultrapassados, embora ela própria não se comportasse assim.
A intérprete de Cidália teria retaliado, denunciando integrantes do elenco de “Travessia” por assédio moral.
Como a Globo adotou uma política de contratos por obra, a ideia é não chamá-la para novos projetos.
De todo modo, Cássia já tinha anunciada que “Travessia” seria sua última novela. Ela só aceitou participar porque o texto era de Gloria Perez, que também demonstra simpatia por Jair Bolsonaro.
Vale lembrar que a atriz ainda faz parte do elenco da série “Desalma”, exibida na Globoplay, que deveria ganhar uma 3ª temporada, mas parece ter ido parar no limbo.
O grupo Globo nunca se manifestou oficialmente a respeito da atriz. Mesmo durante o questionamento das declarações homofóbicas de Cássia, soltou uma nota genérica, afirmando apenas: “A Globo tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão e repudia qualquer forma de discriminação”.