O artista plástico Adriano Castro, ex-participante do primeiro “BBB”, é um dos baderneiros envolvidos com a invasão do Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8/1), pedindo um golpe militar no Brasil. A GloboNews está chamando a ação de terrorismo.
Conhecido como Didi Red Pill, o baiano colocou no ar uma live com mais de quatro horas de duração em que mostrou seu trajeto da porta de um quartel militar em Brasília até a sede do Congresso, onde golpistas avançaram contra seguranças, furaram bloqueios, quebraram vidros e invadiram o prédio que é símbolo da capital federal.
“A galera estava ansiosa para sair do quartel, ninguém aguentava mais. E acabou, chega!”, falou. “Estamos fazendo história, quem achou que isso não ia acontecer nunca se enganou”, ele disse na live, sobre a reação violenta dos bolsonaristas, que tem como objetivo acabar com a democracia no Brasil.
Além de invadirem o Congresso Nacional, os apoiadores golpistas de Jair Bolsonaro também destruíram o plenário do Supremo Tribunal Federal. O local, onde são realizadas as sessões da Corte, foi completamente destruído, com cadeiras, câmeras e janelas do térreo quebradas.
Os responsáveis pelos atos terroristas em Brasília ainda tentaram invadir o Palácio do Planalto, sede do governo federal, quebrando a entrada do imóvel, mas policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.
Sem conseguir entrar em seu interior, os golpistas subiram a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a faixa presidencial há uma semana.
Lula não está em Brasília neste domingo. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.
Políticos bolsonaristas foram avisados durante toda a campanha eleitoral que estavam incentivando uma repetição do que o trumpismo ocasionou nos EUA, com a invasão do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, mas não se importaram. Não por acaso, a invasão do Capitólio também aconteceu nos primeiros dias de janeiro, há dois anos.