Dorothy Tristan, atriz de “Klute” e “Espantalho”, morre aos 88 anos

A atriz Dorothy Tristan, conhecida por seus papéis em filmes clássicos como “Klute, O Passado Condena” (1971) e “Espantalho” (1973), morreu no último domingo (8/1), aos 88 anos. O falecimento foi anunciado […]

Divulgação/ABC

A atriz Dorothy Tristan, conhecida por seus papéis em filmes clássicos como “Klute, O Passado Condena” (1971) e “Espantalho” (1973), morreu no último domingo (8/1), aos 88 anos.

O falecimento foi anunciado pelo seu marido, o cineasta John D. Hancock (“A Última Batalha de um Jogador”). A atriz já vinha batalhando há mais de 10 anos com o Mal de Alzheimer.

Nascida em 9 de maio de 1934 e criada em Manhattan, Tristan começou sua carreira como modelo, viajando pela Europa e aparecendo em capas de revistas conceituadas como Life e Vogue.

Sua estreia no cinema aconteceu em “End of the Road” (1970), filme proibido para menores, por causa das cenas sexuais, em que interpretou o interesse amoroso do personagem de Stacy Keach (“O Legado Bourne”).

No ano seguinte, interpretou uma prostituta viciada ao lado de Jane Fonda (“A Sogra”) em “Klute, O Passado Condena” (1971), e contracenou com Gene Hackman (“O Júri”) e Al Pacino (“Hunters”) em “Espantalho” (1973).

Durante a década de 1970, Tristan apareceu nos filmes “O Vidente Misterioso” (1974), “A Place Without Parents” (1974), “O Pirata Escarlate” (1976), “Terror na Montanha Russa” (1977) – lançado com som especial para dar ao público a impressão de estar no passeio apavorante – e “Sonhos de Verão” (1979), sua primeira parceria com o marido John D. Hancock.

Nessa época, a atriz também fez participações em séries de sucesso, como “Gunsmock” (em 1974), “Kojack” (1974), “O Incrível Hulk” (1977) e “Os Waltons” (1979), entre outras.

Em 1986, Dorothy Tristan participou da bem-sucedida comédia “Um Vagabundo na Alta Roda”, dirigida por Paul Mazursky (“Uma Mulher Descasada”), mas em seguida entrou em um hiato de quase 30 anos nas telas.

Mas não largou o cinema. Ela apenas trocou de lugar e passou para trás das câmeras, escrevendo alguns filmes que seu marido dirigiu, como “Por Trás da Porta Fechada” (1987), “Céu em Chamas” (1988), “A Piece of Eden” (2000) e “Suspended Animation” (2001).

Ela só voltou a atuar em 2015, no drama “The Looking Glass”, escrito e estrelado por ela, e também dirigido por Hancock. No filme, ela interpreta uma mulher que precisa cuidar da sua neta adolescente ao mesmo tempo que seus sintomas de demência começam a se manifestar.

Na ocasião, Dorothy já estava debilitada por conta da doença, e tinha dificuldades de memorizar suas falas. Por conta disso, muitos dos seus diálogos foram improvisados. E, nas situações em que isso não era possível, foram usados cartões para que ela pudesse ler suas falas.

Depois disso, ela ainda fez uma última aparição no cinema, no drama “The Girls of Summer” (2020), também dirigido pelo marido.