A Netflix decidiu cancelar a série “Warrior Nun” após duas temporadas. Apesar das críticas positivas e de seu status de série cultuada, a plataforma optou por não continuar a produção.
“Warrior Nun” durou apenas três semanas no top 10 da Netflix de séries de língua inglesa, chegando apenas ao 5º lugar em sua melhor semana.
Baseada nos quadrinhos “Warrior Nun Areala”, de Ben Dunn, publicados desde 1994 em estilo mangá, a atração virou febre quando foi lançada pela Netflix há dois anos. A pandemia, porém, adiou os planos de produção do segundo ano, criando um longo hiato entre os episódios.
A trama gira em torno de uma ordem das noviças rebeldes, treinadas para enfrentar ameaças sobrenaturais. Sua luta contra o anjo do mal e outras criaturas das trevas terminou de forma trágica, que poderia ser revertida em novos capítulos, que não serão mais produzidos. A série era elogiada pelas lutas marciais bem coreografadas, as tramas cheias de reviravoltas – do criador Simon Barry, responsável pela também cultuada série sci-fi canadense “Continuum” – e clima queer, que resultou em romance lésbico entra as duas principais personagens nos últimos capítulos.
A série também se destacou por reunir um grupo promissor de novas atrizes, como a portuguesa Alba Baptista (de “Linhas de Sangue”) em seu primeiro papel em inglês, Toya Turner (vista em “Chicago Med”), Lorena Andrea (“House on Elm Lake”), a estreante Kristina Tonteri-Young (que rouba as cenas com seu kung fu) e a mais experiente Olivia Delcán (da série espanhola “Vis a Vis”), nos papéis das jovens freiras guerreiras.
O elenco ainda incluía o português Joaquim de Almeida (“Velozes e Furiosos 5”), a holandesa Thekla Reuten (“Operação Red Sparrow”), o francês Tristán Ulloa (“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”), a italiana Sylvia De Fanti (“Medici: Mestres de Florença”) e o inglês William Miller (o vilão McCreary em “The 100”), numa produção que era gravada em cenários deslumbrantes da Espanha.