O SJSP (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo) está questionando a CNN Brasil sobre possíveis irregularidades nas demissões que realizou nesta quinta (1/12). A entidade acusa o canal de não ter fornecido dados completos sobre os desligamentos e nem o número de profissionais afetados.
O canal de notícias desativou sua sucursal no Rio de Janeiro e dispensou todos os funcionários, mas os cortes também atingiram a equipe de São Paulo, não poupando sequer medalhões como Monalisa Perrone e Boris Casoy.
“De acordo com informações coletadas com diferentes fontes, mais de 100 postos de trabalhos foram extintos nas diferentes praças da emissora”, disse o sindicato, em postagens publicadas nas redes sociais.
Sem conseguir marcar uma reunião para apurar o que estava acontecendo representes do sindicato foram à sede da emissora para cobrar explicações. “Como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará os pagamentos das rescisões”.
Segundo o sindicato, um novo encontro foi marcado para apurar se empresa realizou uma demissão em massa. “Neste caso, a empresa estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir. O que não foi feito”, afirma o sindicato.
A entidade ainda afirmou que fará uma reunião com os profissionais demitidos para discutir coletivamente a questão.
Em comunicado, a CNN Brasil comentou as dispensas, afirmando que se trata de uma decisão de “fortalecimento do jornalismo”.
“Em linha com a estratégia de fortalecimento do jornalismo, a coordenação da cobertura será concentrada em São Paulo e Brasília, duas praças que ganham relevância dado o contexto político e econômico nacional. Em decorrência dessa nova lógica, a newsroom do Rio de Janeiro será desativada, sem prejuízo à cobertura. As mudanças incluem a readequação de programas, assim como da grade. O selo CNN Soft será remodelado para 2023”, diz o texto oficial.
Logo pela manhã, o Sindicato dos Jornalistas recebeu informações de demissões na CNN Brasil: em poucas horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na sede da emissora (localizada na Avenida Paulista, em São Paulo) perderam seus empregos.
— Sindicato dos Jornalistas SP (@JornalistasSP) December 1, 2022
Solicitamos uma reunião de emergência, mas não obtivemos resposta. Assim, nos dirigimos à sede da emissora para cobrar explicações: como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará os pagamentos das rescisões.
— Sindicato dos Jornalistas SP (@JornalistasSP) December 1, 2022
Nesta sexta-feira, o Sindicato organizará uma reunião com os profissionais demitidos para discutir coletivamente a questão e como poderemos agir diante disso.
— Sindicato dos Jornalistas SP (@JornalistasSP) December 1, 2022