A diretora do filme “I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston”, Kasi Lemmons, revelou que a família da aclamada cantora tentou vetar a retratação de um romance lésbico vivido pela artista.
Numa entrevista ao The Hollywood Reporter, a cineasta contou que Whitney teve um relacionamento de ao menos um ano com a diretora de criação Robyn Crawford durante a adolescência. Mas a família não queria que isso fosse retratado no filme, relutando contra a exibição da cena de um beijo entre as atrizes Naomi Ackie (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) e Nafessa Williams (“Raio Negro”), que vivem Whitney e Robyn respectivamente.
“Nós conversamos com todos em torno de Whitney, e [seu pai] John Hostoun estava muito focado na imagem [da artista]. Nós ouvimos de muitas fontes que ele ficou extremamente infeliz quando as notícias começaram a se espalhar e que ele havia ameaçado Robyn”, contou a diretora. “Ele queria que Whitney fosse a Barbie.”
Muito além do desejo da diretora da obra, o respeito à orientação sexual de Whitney também estava nos planos do produtor musical Clive Davis, que ajudou na produção do filme.
“É um beijo doce, como um primeiro beijo, bem romântico e eu lutei para que essa cena fosse gravada”, afirmou Kami, que conseguiu convencer os familiares da cantora posteriormente.
Whitney Houston morreu em 11 de fevereiro de 2012, após se afogar acidentalmente numa banheira. Na ocasião, a cantora teria uso drogas de forma excessiva.
Durante a carreira, a cantora garantiu a estrela da fama com vários sucessos, como a faixa-título do filme, “I Wanna Dance With Somebody” (1987), além de “Greatest Love of All” (1986) e “I Will Always Love You” (1992), que estourou ao ser incluída na ser trilha sonora do filme “O Guarda-Costas” (1992).
O legado da artista permanece vivo após mais de 200 milhões de álbuns e singles vendidos, seis Grammys e 22 prêmios no American Music Awards.
Já em cartaz nos EUA, “I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston” chega aos cinemas brasileiros em 12 de janeiro.