Elon Musk teve outro domingo surtado no Twitter. O bilionário, que passou o dia no Catar para acompanhar a final da Copa do Mundo, começou de manhã suspendendo mais um jornalista do Washington Post. Motivo: Taylor Lorenz pediu para Musk comentar uma reportagem que estava escrevendo sobre ele.
A ação reforçou críticas contra a censura exercida por Musk no Twitter contra jornalistas, em contraste com o vale-tudo que ele defende para extremistas de direita.
Após calar mais um repórter, o defensor autodeclarado da “liberdade de expressão” também decidiu demonstrar que é um capitalista liberal que acredita no “livre mercado” e anunciou uma nova política no Twitter: qualquer pessoa que postar links para plataformas rivais, como Instagram, Facebook, TikTok e outras, terá o perfil suspenso na rede social.
“Reconhecemos que muitos de nossos usuários são ativos em outras plataformas de mídia social”, disse o tuite oficial da empresa. “No entanto, não permitiremos mais a promoção gratuita de certas plataformas de mídia social no Twitter.”
O cofundador e ex-CEO do Twitter Jack Dorsey disse que a nova política da empresa “não faz sentido” em um reação no próprio Twitter.
Vendo a montanha de protestos contra sua administração do Twitter crescer, antes de ir dormir Musk resolveu testar sua popularidade e perguntar se deveria continuar comandando o Twitter.
“Devo deixar o cargo de chefe do Twitter? Vou respeitar os resultados desta enquete”, escreveu ele.
Após passar dos 10 milhões de votos, o “Sim” (deve deixar o cargo) disparou com mais com 56% dos votos.
Vale lembrar que, mesmo que decida abandonar a chefia do Twitter, Musk vai continuar dono da rede social – e por possuir a maioria das ações da empresa pode demitir qualquer chefe que não fizer o que ele quiser.
Should I step down as head of Twitter? I will abide by the results of this poll.
— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022