Claudia Rodrigues vende bens para custear tratamento milionário

A atriz Claudia Rodrigues precisou vender todos os seus bens para custear uma cirurgia promissora na Flórida, nos Estados Unidos, para tratar seu quadro de esclerose múltipla. O tratamento custa em torno […]

Instagram/Claudia Rodrigues

A atriz Claudia Rodrigues precisou vender todos os seus bens para custear uma cirurgia promissora na Flórida, nos Estados Unidos, para tratar seu quadro de esclerose múltipla. O tratamento custa em torno de US$ 5 milhões.

A namorada da atriz, Adriane Bonato, relatou a tentativa de negociar o pagamento. “Claudia já colocou alguns imóveis à venda, [mas] vamos fazer outras coisas para angariar fundos”, afirmou.

“Ela vai fazer. Só precisamos adaptar o pagamento. Até porque, tendo a melhora esperada, ela vai voltar a fazer o que mais gosta, que são os espetáculos, e vai voltar a ganhar dinheiro. Eu também volto a trabalhar e a gente paga isso”, garantiu Adriane.

Segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o tratamento deve acontecer entre o final de março e o início de abril de 2023.

“Estou bem animada. Vou me curar. Essa cirurgia vai sarar minhas sequelas [da esclerose múltipla]. É genial”, afirmou Claudia Rodrigues.

A namorada de Claudia contou que a operação obteve resultados extraordinários em outros pacientes. “É uma cirurgia nova, [mas] que promete uma melhora de 80% nas sequelas”, começou.

“Há pessoas que já não andavam mais, usavam scooter… Elas fizeram essa cirurgia e voltaram a andar. Assim como gente com um monte de dificuldades, que usava sonda e tinha visão e fala comprometidas.”

Adriane também explicou à coluna que “pessoas com doenças degenerativas têm o canal entre os olhos, acima do nariz, obstruído”, por isso, “não há refrigeração para o cérebro e as células vão morrendo”.

“Com essa cirurgia, o médico mapeia o corpo, vê o que falta de vitaminas, etc, para poder equilibrar a pessoa. Depois da coleta dessas informações, o paciente fica dentro de uma máquina, como se fosse um forno, com um capacete que recebe ondas eletromagnéticas, estímulos neurais.”

“Ao mesmo tempo, é injetado um coquetel com tudo o que a pessoa precisa através de um software. Há regeneração do que foi degenerado. A melhora é instantânea. […] Não tem anestesia, não tem corte. Nada invasivo”

A assessoria de comunicação da BTT Corp. Entro, responsável pelo procedimento, aponta, porém, que o termo “cirurgia” usado por Claudia e Adriane não é correto, pois se trata de um tratamento focado na modulação térmica do paciente por meio de procedimentos de hiperthermia e hipotermia avançadas guiados pelo cérebro.

A descoberta do Dr Marc Abreu, o BTT (Brain Thermal Tunnel) ou em português, túnel térmico cerebral, permitiu pela primeira vez na história a medição contínua e não invasiva da temperatura do cérebro. Isso resultou no desenvolvimento da tecnologia aprovada pelo FDA (agência reguladora ligada ao departamento de saúde do governo norte-americano) que permite tratamentos de hiperthermia e hipotermia avançados baseados na termodinâmica cerebral.

Por se tratar de um tratamento não invasivo, não é necessário tempo de recuperação. O paciente não é internando ou hospitalizado e para cada sessão, deve comparecer diariamente no Instituto Médico BTT durante cinco dias seguidos sem pernoite no instituto.

Com o sucesso do tratamento, Claudia Rodrigues e Adriane Bonato esperam entrar em turnê por 24 estados norte-americanos com uma palestra sobre a história de superação da atriz.

“Seremos eu e ela no palco falando da esclerose múltipla, do tratamento até aqui e dos resultados que ela teve. A ideia é usá-la como exemplo para contribuir com outras pessoas. Vamos passar praticamente um mês lá”, detalhou Adriane.

Atualmente, a atriz enfrenta uma rotina de tratamento intensa, que inclui fisioterapia, exercícios aquáticos, aulas de caligrafia/desenho/pintura, terapia ocupacional, aulas de inglês e jogos de pôquer para treinar a mente.

Em outubro, a atriz enfrentou uma infecção generalizada por tomar um medicamento que lhe causou alergia. Na época, Claudia defendeu o uso do canabidiol medicinal pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

“Eu parecia um dálmata [por causa da alergia], agora não tem nada de mancha. Eu quero dizer para vocês, por favor, liberem o canabidiol. Ajuda muito a mim e todos que precisam”, disse.

O medicamento sofre pressão de conservadores por ser derivado da canabis, planta associada à maconha. “Vençam o preconceito e celebrem a ciência. Eu sou a prova de que a natureza funciona”, declarou Claudia.