Douglas McGrath, diretor do filme “Emma” (1996) e indicado ao Oscar pelo roteiro de “Tiros na Broadway” (1994), de Woody Allen, morreu na última quinta (3/11), aos 64 anos.
Além de diretor e roteirista, McGrath também era ator e dramaturgo. No momento da sua morte, ele estava em Nova York, onde estava apresentando sua peça autobiográfica “Everything is Fine”.
Ele nasceu em 2 de fevereiro de 1958, em Midland, Texas, e estudou na prestigiosa Universidade de Princeton. Em 1980, conseguiu o seu primeiro trabalho escrevendo roteiros para o programa humorístico “Saturday Night Live”.
No fim da década, assinou um episódio da série “L.A. Law” (em 1989) e em seguida o telefilme “The Steven Banks Show” (1991), vendo sua carreira deslanchar ao passar para o cinema com os roteiros de “O Renascer de uma Mulher” (1993), estrelado por Melanie Griffith, e “Tiros na Broadway” (1994), filme que ele escreveu junto com o cineasta Woody Allen e que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.
Nessa mesma época, também iniciou sua carreira de ator, participando de “Quiz Show: A Verdade dos Bastidores” (1994), indicado ao Oscar de Melhor Filme, “Um Dia em Nova York” (1996), “Felicidade” (1998), “Celebridades” (1998) e “Poucas e Boas” (1999) – estes dois últimos foram dirigidos por Woody Allen.
Ele também escreveu e dirigiu o filme “Emma” (1996), adaptação do romance de Jane Austen estrelada por Gwyneth Paltrow. O filme recebeu duas indicações ao Oscar (e venceu a de Melhor Música).
Depois dessa experiência, McGrath também escreveu e dirigiu os filmes “Um Agente como a Gente” (2000), em que dividiu as funções de roteirista e diretor com Peter Askin, “O Herói da Família” (2002), adaptação de uma obra de Charles Dickens, “Confidencial” (2006), cinebiografia do escritor Truman Capote, e “Não Sei Como Ela Consegue” (2011), comédia estrelada por Sarah Jessica Parker.
Seus créditos como ator ainda incluem participações nos filmes “Conduta de Risco” (2007), “O Solteirão” (2009) e nas séries “Girls” e “Godless”, além de muitos projetos do amigo Woody Allen, como “Trapaceiros” (2000), “Dirigindo no Escuro” (2002), “Café Society” (2016), a minissérie “Crise em Seis Cenas” (2016) e o filme mais recente do diretor, “O Festival do Amor” (2020).
McGrath também construiu uma carreira sólida no teatro e foi indicado ao Prêmio Tony por ter escrito a peça “Beautiful: The Carole King Musical”, em 2014. Sua peça “Everything’s Fine”, que ele estrelava no momento da sua morte, era dirigida pelo ator John Lithgow (“Dexter”, “The Crown”).
Depois da notícia da sua morte, os organizadores da peça anunciaram que não iriam continuar as apresentações – antes agendadas até janeiro de 2023.