Criador de “Sintonia”, KondZilla diz: “Netflix nunca mais”

O megaempresário Konrad Dantas, mais conhecido como KondZilla, “magnata” do funk que criou o maior canal de YouTube da América Latina e a série “Sintonia”, principal sucesso nacional da Netflix, revelou que […]

Divulgação/KondZilla

O megaempresário Konrad Dantas, mais conhecido como KondZilla, “magnata” do funk que criou o maior canal de YouTube da América Latina e a série “Sintonia”, principal sucesso nacional da Netflix, revelou que não pretende mais trabalhar com a plataforma.

Durante o Web Summit, maior evento de tecnologia da Europa, que se encerra nesta sexta (4/11) em Lisboa, Portugal, KondZilla reclamou da baixa compensação financeira resultante de sua parceria com a gigante do streaming.

“Se esse tipo de negócio fosse o mesmo da música, eu participaria dos resultados, dos royalties de ‘Sintonia’. Mas agora eu trabalho com outros canais e estou feliz de ter reconhecimento. Eu não quero nunca mais trabalhar com o Netflix”, ele afirmou.

KondZilla não deixou claro qual foi a razão do desentendimento, mas informou ao jornal O Globo, após sua apresentação, que houve falta de alinhamento de interesse entre a plataforma e ele.

“Não recebi nem e-mail de agradecimento deles sobre ‘Sintonia’”, apontou. “A série segue, mas não estou mais envolvido com ela”, acrescentou, sugerindo ter rompido radicalmente com a equipe da plataforma.

Com mais de 66 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, KondZilla já está trabalhando em novos projetos para rivais da Netflix. Ele prepara seu primeiro longa junto à Paramount+: “Escola da Quebrada”, com direção de Kaique Alves e previsão de estreia para o início de 2023.

“É minha primeira experiência como produtor, não apenas como produto executivo. É algo diferente para mim”, contou.

Além de música e entretenimento, KondZilla também começou a se dedicar à área educacional. Há uma semana, lançou em Guarujá, no litoral paulista onde cresceu, o Instituto KondZilla, que tem apoio do Instituto XP, com o objetivo de formar novos talentos do audiovisual.

“Tinha o sonho de trabalhar com educação porque ela mudou minha vida. A favela tem talento, e ele não se restringe apenas a cantores e jogadores de futebol. Eu vou ser um agente transformador para a população das favelas no Brasil”, revelou.