Enquanto a Record TV opta pelo silêncio em relação ao ataque hacker que sofreu na semana passada, evidências de que a invasão foi grande começaram a surgir na deep web. Vários documentos sigilosos da empresa e de seus funcionários foram postados em fóruns não indexados pelo Google.
Circulam desde planilhas de faturamento até o passaporte de uma estrela da emissora. Mas ainda não vieram à tona os e-mails comprometedores, como aconteceu no famoso ataque dos hackers norte-coreanos contra a Sony Pictures, que abalou relações profissionais e levou à queda de sua presidente – que não se esborrachou, virando produtora das parcerias entre Sony e Marvel.
O exemplo da Sony é o mais próximo da ação que vitimou a Record TV, já que nunca houve ataque semelhante sofrido por uma rede de TV no mundo.
O surgimento de alguns dados na deep web pode ter sido um aviso, já que o “ultimato” dados pelos hackers para o pagamento do resgate dos dados e do sistema da emissora teria vencido às 13h50 de sexta (15/10). Mais coisas podem surgir daqui para frente.
Informações que circulam entre colunistas de TV indicam que os hackers pediram entre R$ 45 e 25 milhões em bitcoins (criptomoeda não rastreável) para entregar a chave da criptografia que impediu o acesso da emissora a seu próprio conteúdo. A diferença de valores teria relação a um desconto, caso o pagamento fosse feito no prazo oferecido.
Embora o ataque tenha sido evidente e fartamente noticiado, a Record TV nunca se pronunciou sobre o assunto.