Atriz de “As Crônicas de Nárnia” quase teve braço amputado

A atriz Georgie Henley, intérprete da personagem Lucy nos filmes da franquia “As Crônicas de Nárnia”, revelou que quase teve o braço amputado devido a uma infecção bacteriana. Henley fez a revelação […]

Instagram/Georgie Henley

A atriz Georgie Henley, intérprete da personagem Lucy nos filmes da franquia “As Crônicas de Nárnia”, revelou que quase teve o braço amputado devido a uma infecção bacteriana. Henley fez a revelação no seu Instagram, no qual postou uma foto em que é possivel ver as cicatrizes deixadas pela infecção.

Na legenda da foto, Henley explica que, quando tinha 18 anos, contraiu fasceíte necrosante, uma “infecção rara e punitiva que quase tirou minha vida e causou estragos em todo o meu corpo”. Ela também explicou que, “para evitar a amputação da minha mão e braço esquerdos, fiz uma cirurgia invasiva extenuante e, posteriormente, uma extensa cirurgia de reconstrução, que resultou em uma série de enxertos de pele e cicatrizes”.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA define a fascite necrosante como “uma infecção bacteriana rara que se espalha rapidamente no corpo e pode causar a morte”. Essa infecção também pode “levar a sepse, choque e falência de órgãos” e, como consequência, “resultar em complicações ao longo da vida por perda de membros ou cicatrizes graves devido à remoção cirúrgica de tecido infectado”.

Henley conta que demorou “muito tempo para me curar tanto física quanto mentalmente” e que esperou o momento certo para compartilhar o que aconteceu. Ela também refletiu sobre o fato de ter mantido isso em segredo enquanto trabalhava.

“Nos últimos nove anos, tenho sido aberta sobre minhas cicatrizes em minha vida pessoal, mas as escondi inteiramente em qualquer contexto profissional: usando bandagens ou coberturas, maquiagem no set e no palco, mangas compridas sempre que posso ser fotografada, calças nas quais eu poderia colocar minha mão no bolso”, contou ela.

A atriz também explicou que a indústria do entretenimento “muitas vezes se concentra em uma ideia muito estreita do que é considerado ‘perfeição’ estética”. E que, por causa disso, ela estava “preocupada que minhas cicatrizes me impedissem de conseguir trabalho”.

“A verdade é que não existe ‘perfeição’, mas eu ainda convivo com a vergonha de me sentir diferente, exacerbada pelas expectativas que surgiram com o início da minha carreira ainda jovem”, disse ela.

Mas Henley fez questão de enfatizar que suas cicatrizes não são motivo de vergonha, “elas são um mapa da dor que meu corpo suportou e, o mais importante, um lembrete da minha sobrevivência. Elas não afetam minha capacidade como atriz e tenho orgulho de ser uma pessoa que tem cicatrizes visíveis nesta indústria”.

Ela aproveitou para agradecer aos médicos por seu “cuidado excepcional”, aos seus entes queridos por “seu amor e apoio duradouros durante os momentos mais difíceis” e aos seus empresários e aqueles “que me empregaram nos últimos nove anos, que nunca viram minhas cicatrizes como um problema e respeitaram quem eu era como pessoa e como atriz.”

“Tenho certeza de que falarei mais sobre minhas experiências no futuro, mas hoje estou simplesmente feliz por me sentir, pela primeira vez em muito tempo, finalmente livre”, disse ela.