A atriz Ludmila Dayer, conhecida por “Malhação”, revelou que teve o diagnóstico de esclerose múltipla, após uma maratona de um ano indo a vários médicos até descobrir o que provocava seus sintomas. A situação piorou muito depois que a atriz teve covid, em 2020.
“Eu vivi um inferno muito grande. Não saía de casa. E depois disso eu nasci de novo”, ela contou, em desabafo nas redes sociais.
“Eu malhava, praticava esportes e era saudável. Em meados de 2019, meu corpo começou a não funcionar mais. Em 2020, eu peguei covid na Ásia, quando nem se falava muito da doença. Quase morri e nunca mais fiquei totalmente boa”, acrescentou.
Ludmila disse que ia duas vezes por semana até o hospital por conta dos sintomas que sentia. Ela listou alguns deles na live que fez em seu perfil no Instagram para falar da doença e de seu tratamento, que incluiu mudanças na alimentação.
“Eu estava fazendo um filme na época e não conseguiu mais trabalhar. Tinha perda de memória, perda de reflexos, queda de cabelo, problemas de visão. Isso tudo desenvolveu uma crise de pânico e eu não conseguia mais sair de casa sozinha e nem dirigir”, explicou.
Ela disse que demorou um ano para conseguir um diagnóstico. “Era um sintoma atrás do outro e por isso eu fui procurar o médico. Não conseguia enxergar direito, minha fala não acompanhava os meus pensamentos, tinha problemas de memória e muitas dores no corpo. Ia de um cômodo para o outro e não lembrava o que tinha ido fazer”.
Ludmila começou a pesquisar o tema e resolveu adotar um protocolo alimentar para ajudar a combater os sintomas. “Tirei glúten, ovo, carne animal. Tudo que alimentava o vírus e provocava os sintomas. Também passei a comer coisas que desinflamam meu organismo”.
A causa teria sido o vírus Epstein–Barr, que já provocou sintomas de esclerose relatadas por outras artistas, como a atriz Guta Stresser da série “A Grande Família” e a comediante Claudia Rodrigues. As duas chegaram a se encontrar em agosto deste ano e falaram de planos para montar uma peça sobre o tema.
A carreira de Ludmila Dayer começou aos 10 anos de idade no longa “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995), marco da Retomada do cinema brasileiro dirigido por Carla Camuratti, que lhe rendeu o Prêmio APCA (Associação Paulista de críticos de Arte) de atriz coadjuvante. A estreia na TV foi na novela “Xica da Silva” (1996), da extinta TV Manchete. Ela estreou na Globo na novela “Corpo Dourado” (1998) e no ano seguinte fez uma participação no seriado “Mulher”
Sua primeira protagonista foi a personagem Joana, da sétima temporada de “Malhação”, que foi ao ar em 2000. Depois fez “Senhora do Destino” (2004), como a jovem namorada do bicheiro Giovanni Improtta (José Wilker). Também participou do “Sítio do Picapau Amarelo” e do programa “Brava Gente” (2002). Em 2006, mudou-se para Los Angeles, onde montou uma produtora de conteúdo multimídia, a Lupi Productions, e é casada desde 2016 com um empresário britânico.