Ezra Miller está de volta ao noticiário policial. O intérprete do herói Flash em “Liga da Justiça” voltou a cometer um crime na vida real. Ele foi acusado de furto de garrafas de álcool de uma casa em Vermont.
De acordo com um boletim de ocorrência publicado on-line, a Polícia Estadual de Vermont foi notificada em 1º de maio de um possível roubo quando moradores da County Road, em Stamford, relataram que “várias garrafas de álcool foram retiradas de dentro da residência enquanto os proprietários não estavam presentes”. Após uma investigação, que incluiu declarações e análise de vídeos de vigilância, a polícia encontrou uma causa provável para acusar Miller.
Ele foi “finalmente localizado” às 23h23 de domingo (7/8) e recebeu uma intimação para comparecer no Tribunal Superior de Vermont para uma audiência de acusação em 26 de setembro. Não está claro se Miller conhece os moradores da casa que foi assaltada. O B.O. cita um local de residência de Miller na mesma região – Stamford, Vermont.
O ator está colecionando denúncias e problemas com a polícia desde fevereiro, quando foi acusado de tentar enforcar uma mulher num bar na Islândia. Depois disso, foi preso em março no Havaí por criar tumulto em outro bar e autuado em abril por suspeita de agressão de segundo grau numa festa em uma residência particular, também no Havaí.
Em seguida, foi alvo de duas ordens de restrição. A primeira foi feita pelos pais de uma jovem de 18 anos da Reserva Indígena Standing Rock, na região de Dakota, que alegam que Miller manipulou sua filha desde que ela tinha 12 anos. Aos 18, ela abandonou a escola e fugiu de casa, indo parar na residência do ator. A jovem escreveu em seu Instagram que Miller a ajudou num momento difícil.
A segunda foi feita por pais de uma criança de 12 anos em Massachusetts, após Miller supostamente entrar em um confronto agressivo com sua família, exibir uma arma e constranger a criança com abraços e comentários sobre gênero, ao descobrir que ela se definia como não binária.
Para completar, em junho veio à tona a denúncia de que Miller estava abrigando uma mãe e seus filhos pequenos em sua fazenda em Vermont, em meio a condições inseguras, com armas e munição espalhadas pela propriedade. A mãe disse à publicação que o ator a ajudou a escapar de um casamento abusivo.
A Warner Bros. já teria decidido tirar Miller de novos projetos, substituindo-o como o herói Flash. Mas enfrenta um dilema em relação ao filme já concluído. Os custos para substituí-lo na produção seriam simplesmente caros demais – o ator não só está em quase todas as cenas como ainda tem papel duplo, como um Flash de outro universo. Também seria difícil arquivar o lançamento, após os gastos milionários investidos em sua produção.
“Estamos muito animados com eles. Nós os vimos”, disse o CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, em referência a “The Flash”, “Adão Negro” e “Shazam! Fúria dos Deuses”. “Achamos que eles são incríveis e achamos que podemos torná-los ainda melhores”, afirmou, durante uma teleconferência com representantes do mercado na quinta passada (4/8).
A declaração mereceu uma crítica do cineasta Kevin Smith, que durante seu podcast “Hollywood Babble-On” apontou que a Warner decidiu cancelar “Batgirl”, um filme estrelado por uma atriz latina, mas manteve o lançamento de “The Flash”, mesmo diante das diversas acusações feitas contra seu protagonista – que incluem comportamento abusivo e agressão a mulheres.
“Eu não dou a mínima para o quão ruim é o filme ‘Batgirl’, ninguém nesse filme é problemático ou tem algo na vida real que você precisa contornar. No filme ‘The Flash’, todos sabemos que há um grande problema! Flash é o Flash Reverso na vida real”, afirmou Smith.
“The Flash” tem estreia marcada para 23 de junho de 2023.