A proximidade do lançamento da série documental sobre o assassinato de Daniella Perez fez o ator Stênio Garcia refletir sobre o crime num desabafo no Instagram.
No comentário, ele confessou que se sente atormentado pela morte da atriz há 30 anos, acreditando que poderia evitado a tragédia. Na época, os dois trabalhavam juntos na novela “De Corpo e Alma”.
“Até hoje isso me atordoa muito porque fiz o pai dela na ficção duas vezes”, ele escreveu. “No dia do crime, gravamos o dia todo e saímos juntos. Eu, que estava correndo para ir viajar, pedi que a Dani desse autógrafos para as crianças. Se eu pudesse imaginar, eu teria evitado”, escreveu o artista.
Prestes a completar três décadas, o assassinato brutal será lembrado numa série documental de cinco episódios, com depoimentos doloridos da mãe da atriz, a autora Gloria Perez, do marido dela, Raul Gazolla, além de amigos – até Roberto Carlos! – e especialistas que estiveram envolvidos nas investigações.
A morte brutal da estrela da Globo chocou o Brasil na época. Maior estrela da telenovela “De Corpo e Alma”, escrita por sua mãe, Daniella foi assassinada por Guilherme de Pádua, ator com quem fazia par romântico na trama, e por Paula Thomaz, esposa de Guilherme na época. Seu corpo foi encontrado num matagal, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de punhal.
Segundo o processo, a motivação do crime foi o fato de Guilherme acreditar que seu papel na novela estava diminuindo por culpa da atriz.
Com direção de Tatiana Issa (“Dzi Croquettes”) e Guto Barra (“Yves Saint-Laurent: My Marrakesh”), que também assina o roteiro, “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez” foi idealizado por Issa, que começou a carreira como atriz e era próxima de Daniella. Em 1992, ano do assassinato, ela atuava na novela “Deus nos Acuda” com Gazolla.
A estreia está marcada para 21 de julho.