20 clássicos para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro

Selecionamos uma programação especial para este domingo (19/6), em que é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro, data escolhida em homenagem à exibição do primeiro filme nacional: “Uma Vista da Baia de […]

Divulgação/Copacabana Filmes

Selecionamos uma programação especial para este domingo (19/6), em que é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro, data escolhida em homenagem à exibição do primeiro filme nacional: “Uma Vista da Baia de Guanabara”, feito pelo ítalo-brasileiro Affonso Segretto em 1898.

A lista abaixo relaciona 20 clássicos indispensáveis do cinema brasileiro, lançados ao longo do século passado e presentes em algumas das melhores plataformas e locadoras digitais. Embora vários títulos obrigatórios ainda estejam distantes do streaming – de “Braza Dormida” (1928) a “Carlota Joaquina” (1995), passando por “O Cangaceiro” (1953) e “O Pagador de Promessas” (1962) – é até impressionante a quantidade de opções disponíveis para celebrar a qualidade da produção nacional. Assim como também chama atenção nenhum deles estar presente nas plataformas multinacionais.

Confira as sugestões e programe sua sessão. Aproveite para aguçar a curiosidade e conhecer alguns dos melhores filmes já feitos no país.

 

 
 

| LIMITE | 1931 | BELAS ARTES A LA CARTE

 

Muitos chamam o clássico mudo de Mario Peixoto de o melhor filme brasileiro de todos os tempos. Foi realmente a primeira obra experimental do cinema nacional, acompanhando um homem e duas mulheres num barco à deriva, que, por meio de imagens simbólicas, mostravam ter chegado ao limite de suas existências. Parte de seu culto tem a ver com a lenda que o acompanha. Consta que na época de sua estreia foi vaiado e gerou quebra-quebra nos cinemas. A reação do público foi tão negativa que ficou décadas sem ser exibido, até ser resgatado por cinéfilos nos anos 1970, que o saudaram como uma obra-prima quase esquecida. Sua fama se tornou mundial quando David Bowie o escolheu entre seus dez filmes favoritos em 2007.

 

| RIO, 40 GRAUS | 1955 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE

 

A estreia de Nelson Pereira dos Santos é considerada precursora do Cinema Novo, movimento estético e cultural que pretendia mostrar a realidade brasileira, além de ser ancestral dos filmes de favela como “Cidade de Deus”. O filme foi censurado pelo governo da época, pois só mostraria aspectos negativos da então capital do Brasil e era uma grande mentira. Segundo o coronel que presidia o Departamento Federal de Segurança Pública, “a média da temperatura do Rio nunca passou dos 39,6° C”.

 

| OS CAFAJESTES | 1962 | CLARO TV+

 

O primeiro filme dirigido pelo moçambicano Ruy Guerra no país ficou famoso por inaugurar o nu frontal no cinema brasileiro, que transformou Norma Bengell na atriz mais falada de sua época. O clássico da cafajestagem reunia Jesse Valadão e Daniel Filho em torno de um plano: chantagear um tio rico com fotos de sua amante nua na praia. Mas a bela faz uma contraproposta: fotos da filha do rico dariam mais dinheiro.

 

| VIDAS SECAS | 1963 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE

 

Baseado na obra de Graciliano Ramos, o longa de Nelson Pereira dos Santos acompanha uma família de retirantes em meio à aridez do sertão, em busca de maneiras para sobreviver à seca. A salvação, porém, não os tira da miséria. À exceção de Átila Iorio como o chefe da família e Jofre Soares como o fazendeiro que os acolhe – e explora – , a maioria do elenco foi formado por estreantes e moradores reais da região alagoana que serviu de locação. Seu realismo rendeu um prêmio especial no Festival de Cannes e impressionou o British Film Institute (BFI), que o listou como único título brasileiro em sua lista dos melhores filmes de todos os tempos.

 

| DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL | 1964 | CLARO TV+, GLOBOPLAY

 

A obra-prima de Glauber Rocha e mais famoso título do Cinema Novo junta os temas da seca, exploração religiosa dos mais pobres e criminalidade numa espécie de western caboclo. A trama segue o vaqueiro Manuel (Geraldo del Rey) e sua esposa Rosa (Yoná Magalhães) em fuga para o sertão, após ele matar um coronel que tenta enganá-lo. No meio do deserto, eles encontram duas figuras icônicas: Sebastião (inspirado em Antonio Conselheiro e vivido por Lidio Silva), que se diz divino, e o cangaceiro Corisco (Othon Bastos), que se descreve como demoníaco. Enquanto isso, o mercenário Antonio das Mortes (Maurício do Valle) está em seu encalço.

Vale lembrar que o filme ganhou uma sequência, “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), centrada no personagem Antonio das Mortes, e que também está disponível em streaming.

 

| OS FUZIS | 1964 | CLARO TV+

 

O drama de Ruy Guerra forma com “Vidas Secas” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” uma “trilogia de ouro” do Cinema Novo. Os três foram lançados no mesmo ano e abordam a vida dura no sertão nordestino. Mais politizado, “Os Fuzis” mostra como o governo tratava do problema: com repressão. O título faz referência a um grupo de soldados que é enviado ao Nordeste para impedir que pobres saqueiem armazéns por causa da fome. Ruy Guerra foi consagrado com o Urso de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim.

 

| À MEIA-NOITE LEVAREI SUA ALMA | 1964 | BELAS ARTES, CLARO TV+, GLOBOPLAY, LOOKE, TELECINE

 

O maior clássico do terror nacional lançou o personagem de Zé do Caixão, criado e vivido pelo cineasta José Mojica Marins. A trama mostra sua origem como um coveiro sádico que aterroriza mulheres em busca do ventre perfeito para gerar seu filho e, assim, garantir a perpetuidade de seu sangue. A saga de Zé do Caixão continua em “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver” (1967), que contou com “figuração” de 500 aranhas reais e também pode ser visto em streaming.

 

| SÃO PAULO, SOCIEDADE ANÔNIMA | 1965 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, LOOKE, TELECINE

 

O drama de Luís Sérgio Person foi o primeiro a captar o estresse da vida moderna brasileira. Passado em maio à euforia desenvolvimentista provocada pela instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras em São Paulo, traz Walmor Chagas como um gerente recém-promovido numa fábrica de autopeças, que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito.

 

| TERRA EM TRANSE | 1967 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE

 

Glauber Rocha filmou um país fictício, chamado República de Eldorado, muito parecido com aquele que não podia ser nomeado na época da ditadura militar, já que todos os políticos do lugar eram corruptos, dos conservadores assumidos aos populistas de mostruário. Na trama, o jornalista idealista vivido por Jardel Filho descobria que candidatos de direita e de esquerda estavam envolvidos com os mesmos empresários, que apoiavam todos os lados para ter certeza de vencer e manter tudo como estava. Não só isso: ele próprio foi manipulado e usado pelo poder econômico em seu trabalho de imprensa.

Taxado de subversivo, o filme foi proibido pela censura militar. Mas conquistou o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes e o troféu de Melhor Filme do Festival de Locarno, e todos se acertaram com uma condição curiosa: nomear o padre que aparecia no filme (interpretado por Jofre Soares). A ironia é que, ao ser exibido, “Terra em Transe” foi destroçado pela crítica. Em época polarizada, a imprensa repudiou seu retrato da esquerda e tentou cancelá-lo com pressão ideológica. Logo Glauber, que foi preso pela ditadura. Falecido em 1981, ele não viveu para ver o mensalão e o petrolão lhe darem razão.

 

| O BANDIDO DA LUZ VERMELHA | 1968 | CLARO TV+, *VOD

 

Rogério Sganzerla tinha 22 anos quando dirigiu o filme criminal mais famoso do Brasil. Inspirado nos crimes reais do famoso assaltante João Acácio Pereira da Costa, apelidado de “Bandido da Luz Vermelha”, é considerado um clássico do Cinema Marginal, muito por conta de seu estilo diferentão, que misturava influência visual do expressionismo alemão com narração radiofônica debochada de programa policial. Venceu quase tudo no Festival de Brasília de 1968, incluindo Melhor Filme e Direção, e de quebra ainda lançou a carreira de Sonia Braga, lançada nas telas como uma das vítimas do criminoso (Paulo Villaça).

 

| MACUNAIMA | 1969 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE

 

A obra-prima literária de Mario de Andrade virou um clássico do cinema sob a direção de Joaquim Pedro de Andrade. A representação da identidade brasileira, com direito à metáfora da antropofagia, e o tom debochado e nonsense da adaptação chegaram a ser relacionados ao tropicalismo, que vivia seu auge na música brasileira. O diretor recusou a conexão, mas Mario de Andrade foi grande inspirador do movimento, assim como a fase Jovem Guarda de Roberto Carlos, representada na trilha da produção.

Apesar do tom fantasioso e absurdo, “Macunaíma” fez uma das críticas mais devastadoras ao Brasil, país de malandros, aproveitadores e racistas, onde negro só tem vantagens se virar branco. Famoso por comédias de sucesso desde os anos 1930, Grande Otelo só foi ter seu talento reconhecido por este filme, vencendo o prêmio de Melhor Ator do Festival de Brasília como o Macunaíma negro – Paulo José dividiu o papel, como o Macunaíma branco.

 

| TODA A NUDEZ SERÁ CASTIGADA | 1973 | GLOBOPLAY

 

Arnaldo Jabor causou escândalo com a adaptação da famosa peça de Nelson Rodrigues, em que um conservador se apaixona e se casa com uma prostituta, enquanto ela se envolve com seu filho. Narrada numa gravação póstuma pela personagem de Darlene Glória, a trama é uma coleção de pecados, incluindo sodomia e suicídio, que desnudam a hipocrisia conservadora.

Indignada com a imoralidade da história, a Polícia Federal mandou retirar o filme de cartaz três meses após sua estreia, numa operação para “prender” as cópias em todos os cinemas. Só que, ao mesmo tempo, a produção venceu o Festival de Gramado e Jabor ainda conquistou o Leão de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim. Com isso, a acusação de que “aquilo” não era arte ruiu e os censores negociaram uma solução: quatro cortes para o filme voltar aos cinemas. A polêmica funcionou como a propaganda e ajudou o filme a se tornar um dos maiores sucessos do ano, visto por quase 2 milhões de espectadores, todos maiores de 18 anos.

 

| XICA DA SILVA | 1976 | CLARO TV+, *VOD

 

No auge da repressão, o cinema brasileiro trocou a política pelo sexo, promovendo outro tipo de revolução – comportamental – e passou a atrair multidões. Zezé Motta virou a maior sex symbol negra do país ao encarnar a escrava que se transformava em “rainha” e chocava a sociedade ao ter todos os desejos atendidos pelo amante branco e rico (Walmor Chagas). O longa de Cacá Diegues venceu os candangos de Melhor Filme, Diretor e Atriz no Festival de Brasília, e levou mais de 3 milhões aos cinemas.

 

| DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS | 1976 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, LOOKE, MUBI, TELECINE

 

Maior bilheteria do cinema nacional do século 20, vista por mais de 10 milhões de espectadores, a adaptação de Jorge Amado, dirigida por Bruno Barreto, deveu muito de seu sucesso à Sonia Braga, não apenas pelo talento, que foi reconhecido até com indicação ao BAFTA (o Oscar britânico), mas por seu sex appeal. Vindo um ano depois da novela “Gabriela”, onde a atriz viveu outra deusa criada por Jorge Amado, a produção consolidou Sonia Braga como o maior símbolo sexual do Brasil – ainda que a bunda mais lembrada do longa seja a de José Wilker.

O conhecido triângulo sobrenatural gira em torno de uma mulher fogosa (Braga), que se casa com um malandro bonitão, mas mulherengo (o vadio Vadinho, de José Wilker), e após virar viúva decide se juntar a um homem completamente diferente (o bonzinho Dr. Teodoro, de Mauro Mendonça). Só que ser respeitada e bem tratada não era tudo o que ela imaginava, fazendo-a sentir falta das safadezas do falecido. O desejo é tão forte que o fantasma de Vadinho aparece para satisfazê-la. E o melhor é que só ela consegue vê-lo – e senti-lo. Com direito à música-tema: “O Que Será (À Flor da Pele)”, que se tornou um dos maiores hits de Chico Buarque.

 

| BYE BYE BRASIL | 1980 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, LOOKE, MUBI, TELECINE, *VOD

 

A comédia de Cacá Diegues representou uma das melhores sínteses do Brasil de sua época, acompanhando um pequeno circo itinerante em busca do atraso nacional. Impressionado com a Caravana Rolidei, o músico Fábio Jr. implora para se juntar aos artistas José Wilker e Betty Faria numa viagem pelas profundezas do país – especificamente Altamira, no Pará. A região onde o progresso (a televisão) ainda não chegou é o último lugar em que uma produção mambembe como a Rolidei ainda era capaz de impressionar a população.

Assim como “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, o filme também marcou época pela música-tema (homônima) de Chico Buarque.

 

| PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO | 1980 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE

 

Hector Babenco revolucionou a abordagem cinematográfica ao dar ao livro “Infância dos Mortos”, do escritor José Louzeiro, uma abordagem quase documental, indo além da escalação de atores amadores com vidas similares a seus papéis. A trama gira em torno de um garoto chamado Pixote, que é recrutado para realizar assaltos e transportar drogas após fugir de um reformatório para menores infratores. O retrato da realidade das ruas de São Paulo, onde crianças convivem com crimes, prostituição e violência foi tão realista que a vida imitou a arte: o ator revelado no papel principal, Fernando Ramos da Silva, acabou morto pela Polícia Militar poucos anos depois – assassinato que inspirou o filme “Quem Matou Pixote?” (1996), de José Joffily.

Vencedor do Leopardo de Prata no Festival de Locarno, “Pixote” impactou a crítica internacional – foi votado como Melhor Filme Estrangeiro pelas associações de críticos de Nova York e Los Angeles, e elogiadíssimo por Pauline Kael, uma das críticas mais famosas de todos os tempos. Além disso, a Associação Nacional dos Críticos dos EUA elegeu Marília Pêra, intérprete de uma prostituta que vira figura materna para Pixote, como a Melhor Atriz do ano.

 

| ELES NÃO USAM BLACK-TIE | 1981 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, LOOKE, TELECINE, *VOD

 

A peça de Gianfrancesco Guarnieri virou um filme-chave da abertura política na adaptação de Leon Hirszman. Embalado pelas greves reais do ABC, que começavam a dar visibilidade a Lula, tornou-se uma produção indispensável para entender o país. O próprio Guarnieri estrelou o longa, ao lado de Fernanda Montenegro, como líder grevista que precisa lidar com o filho fura-greves (Carlos Alberto Riccelli), que não quer perder o emprego para se casar com a namorada grávida.

Venceu o Prêmio da Crítica e o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza, além do troféu principal do Festival de Havana.

 

| A HORA DA ESTRELA | 1985 | CLARO TV+

 

A estreia da diretora Suzana Amaral foi a mais impressionante da década de 1980, em que as cineastas femininas conquistaram maior evidência. A adaptação da obra de Clarice Lispector conta a história da órfão alagoana Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro e, mesmo sendo semianalfabeta, busca emprego de datilógrafa. Pobre e sem perspectivas, ela acredita que sua vida vai mudar após uma cartomante lhe prometer um futuro feliz.

A produção também marcou a estreia da atriz Marcelia Cartaxo, escolhida após muitos testes como Macabéa, e sua interpretação realista causou comoção mundial. Além de o filme levar quase todos os candangos do Festival de Brasília, Cartaxo conquistou o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim.

 

| BAILE PERFUMADO | 1996 | CLARO TV+

 

O filme de Lírio Ferreira e Paulo Caldas foi responsável por colocar o moderno cinema pernambucano em evidência, ao vencer o Festival de Brasília e impulsionar um dos principais polos criativos do país. A trama conta a saga real do libanês Benjamin Abrahão, mascate que foi responsável pelas únicas imagens conhecidas de Virgulino Ferreira, o Lampião. Amigo íntimo de Padre Cícero, Benjamim usou o comércio para se aproximar e conviver com os cangaceiros, e utilizou-se dessa intimidade para fazer e vender os registros do famoso criminoso pelo mundo afora. A edição utiliza algumas das imagens reais feitas por Abrahão, que chegaram a ser apreendidas pela ditadura de Getúlio Vargas, e mostra um Lampião diferente dos clichês, com cangaceiros se perfumando para participar de bailes – daí, o título.

 

| CENTRAL DO BRASIL | 1998 | CLARO TV+, GLOBOPLAY, TELECINE, *VOD

 

Walter Salles criou um dos filmes mais sensíveis já feitos no país ao misturar drama, documentário e estado de graça, elemento também conhecido como Fernanda Montenegro. Filmado na locação real do título, a maior estação de trens do Rio, o filme gira em torno da personagem de Fernanda, uma professora aposentada que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos saudosos da família – interpretados por transeuntes reais da estação, narrando suas verdades e sonhos na tela. Insensível diante das histórias que ouve, a personagem de Fernanda perde a paciência com os mais simples e muitas vezes nem envia as cartas. Até ser importunada por um menino (Vinícius de Oliveira, na época engraxate no aeroporto Santos Dumont) que acaba de perder a mãe e precisa de ajuda para encontrar o pai no Nordeste. É o início de uma jornada transformadora.

O mundo inteiro se emocionou e lhe rendeu prêmios – desde festivais (Urso de Ouro no Festival de Berlim), associações de críticos (Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro) e Academias de Cinema internacionais, incluindo o César (o Oscar francês), o BAFTA (o Oscar britânico) e até o próprio Oscar, onde fez História. Além de conquistar a cobiçada indicação a Melhor Filme em Língua Estrangeira, Fernanda Montenegro se tornou a única artista brasileira indicada ao Oscar por sua interpretação. Perdeu para Gwyneth Paltrow numa das maiores injustiças de todos os tempos.