Verónica Forqué (1955–2021)

A atriz espanhola Verónica Forqué, que estrelou três filmes de Pedro Almodóvar, foi encontrada morta aos 66 anos nesta segunda-feira (13/12) em sua casa de Madri. Relatos iniciais apontam para possível um […]

Divulgação/IMDb

A atriz espanhola Verónica Forqué, que estrelou três filmes de Pedro Almodóvar, foi encontrada morta aos 66 anos nesta segunda-feira (13/12) em sua casa de Madri. Relatos iniciais apontam para possível um suicídio, mas não há maiores detalhes até o momento.

Seus primeiros trabalhos de destaque foram em filmes de seu pai, o diretor José María Forqué – como “Una Pareja… Distinta” (1974), “Madrid, Costa Fleming” (1976) e “El Segundo Poder” (1976). Mas logo ganhou aval do respeitabilíssimo diretor Carlos Saura, que a escalou em “Olhos Vendados” (1978), e do jovem Almodóvar, responsável por lhe dar destaque em “Que Fiz Eu para Merecer Isto?” (1982).

O filme de Amoldóvar deu grande popularidade a Forqué e os dois voltaram a colaborar em mais dois sucessos, “Matador” (1986) e “Kika” (1993), que a estabeleceram como uma atriz querida do público espanhol.

Ela acabou se tornando protagonista e especializando-se em comédias, seguindo a carreira com filmes premiados como “Sin Vergüenza” (2001) e “Rainhas” (2005). Mas também fez dramas famosos, como “Clara y Elena” (2001), em que contracenou com outra musa de Almodóvar, Carmen Maura.

Um de seus últimos trabalhos foi “Vovó Saiu do Armário” (2019), em que interpretou a personagem-título, uma senhora idosa que decide se casar com uma mulher e cria uma crise com a neta conservadora.

Ao saber de sua morte, Almodóvar emitiu um nota de pesar por meio de sua produtora, El Deseo. “O vazio que isso deixa em nossas vidas e no nosso cinema é irrecuperável. Foi-se uma atriz extraordinária e uma pessoa insubstituível com quem tivemos a honra de trabalhar e compartilhar a vida. Faça uma boa viagem, Verónica”.

Antonio Banderas, que trabalhou com ela em “Matador”, também se manifestou, descrevendo-a como “uma mulher doce, espiritual e boa companheira”.

Já a Academia Espanhola de Cinema a reverenciou como “um rosto essencial do cinema espanhol nas últimas décadas”.

Os motivos do suicídio são desconhecidos, mas o diretor, ator e produtor Carlo D’Ursi escreveu uma triste reflexão em seu perfil no Twitter, citado nesta segunda-feira pelo jornal El Confidencial: “Morrer sozinha, com 66 anos e vítima de depressão não estava escrito em nenhum roteiro”.