Drama costa-riquenho vence Mostra de São Paulo

A organização da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo anunciou na noite desta quarta-feira (3/10) os filmes vencedores de sua 45ª edição. A cerimônia de encerramento, realizada no Vale do Anhangabaú, […]

Divulgação/Epicentre Films

A organização da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo anunciou na noite desta quarta-feira (3/10) os filmes vencedores de sua 45ª edição. A cerimônia de encerramento, realizada no Vale do Anhangabaú, consagrou o drama costa-riquenho “Clara Sola” como o Melhor Filme Estrangeiro.

Dirigido por Nathalie Álvarez Mesén, o longa acompanha uma mulher de 40 anos que acredita ter uma conexão especial com Deus, mas quando conhece o namorado da sobrinha, vê seus desejos sexuais despertarem após anos de repressão.

Além do troféu Bandeira Paulista de Melhor Filme, concedido pelo júri entre os pré-selecionados pelo voto do público, na seção Novos Diretores, “Clara Sola” também levou o prêmio de Melhor Atriz, conquistado pela estreante Wendy Chinchilla Araya. Já o Melhor Ator foi o russo Yuriy Borisov, de “Compartment Nº 6”.

Para completar, o júri ainda concedeu menção honrosa a “Pequena Palestina, Diário de um Cerco”, documentário do diretor sírio Abdallah Al-Khatib sobre as dificuldades enfrentadas pelo maior campo de refugiados palestinos do mundo.

O público, por sua vez, preferiu o filme de guerra franco-japonês “Onoda – 10 Mil Noites na Selva”, de Arthur Harari, como Melhor Filme internacional. O longa conta a história do soldado japonês que ficou anos escondido nas selvas das Filipinas acreditando que a 2ª Guerra Mundial ainda estava em andamento.

A votação popular também elegeu “Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)” como Melhor Documentário. A produção resgata a memória do festival de música e cultura do Harlem de 1969, que ficou conhecido como “black Woodstock” ao reunir grandes astros do soul em Nova York, no mesmo verão e a apenas de 100 milhas de distância do evento roqueiro.

Entre os filmes brasileiros, foram premiados “Urubus”, de Cláudio Borelli, drama ficcional sobre o universo dos grafiteiros paulistas, e “O Melhor Lugar do Mundo É Agora”, segundo documentário do ator transformado em diretor Caco Ciocler. O primeiro longa de Borelli também venceu o Prêmio da Crítica.

Apesar da cerimônia de “encerramento”, a Mostra segue em sua tradicional repescagem até 7 de novembro, exibindo alguns destaques da sua programação inclusive na plataforma Mostra Play.

Confira, abaixo, a lista completa de prêmios oficiais e paralelos do festival paulistano.​

Prêmio do Júri – Melhor Filme
“Clara Sola”, de Nathalie Álvarez Mesén

Prêmio do Júri – Melhor Atriz
Wendy Chinchilla Araya, por “Clara Sola”

Prêmio do Júri – Melhor Ator
Yuriy Borisov, por “Compartment Nº 6”

Menção Honrosa do Júri
“Pequena Palestina, Diário de um Cerco”, de Abdallah Al-Khatib

Prêmio do Público – Melhor Filme de Ficção Internacional
“Onoda – 10 Mil Noites na Selva”, de Arthur Harari

Prêmio do Público – Melhor Documentário Internacional
“Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)”, de Ahmir “Questlove” Thompson

Prêmio do Público – Melhor Filme de Ficção Brasileiro
“Urubus”, de Cláudio Borelli

Prêmio do Público – Melhor Documentário Brasileiro
“O Melhor Lugar do Mundo É Agora”, de Caco Ciocler

Prêmio da Crítica – Melhor Filme Internacional
“O Compromisso de Hasan”, de Semih Kaplanoglu

Prêmio da Crítica – Melhor Filme Brasileiro
“Urubus”, de Cláudio Borelli

Prêmio da Abraccine – Melhor Filme Brasileiro de Diretor Estreante
“A Felicidade das Coisas”, de Thais Fujinagua

Prêmio Projeto Paradiso (apoio ao desenvolvimento de novos filmes)
“Entre Espelhos”, de João Braga

Prêmio Brada – Melhor Direção de Arte
Amparo Baeza, por “Clara Sola”