Leslie Bricusse (1931–2021)

O compositor e roteirista Leslie Bricusse, que venceu dois Oscars, morreu na terça (19/10) aos 90 anos de idade. A causa da morte não foi revelada. Ao longo de sete décadas, o […]

Divulgação/Songwriters Hall of Fame

O compositor e roteirista Leslie Bricusse, que venceu dois Oscars, morreu na terça (19/10) aos 90 anos de idade. A causa da morte não foi revelada.

Ao longo de sete décadas, o escritor e compositor nascido em Londres compôs temas orquestrações e canções que marcaram a história do cinema. Sua carreira começou com musicais do West End londrino na década de 1950, mas não demorou a chegar ao cinema. Ele escreveu seu primeiro roteiro, o musical “Charley Moon”, em 1956.

Alternando-se entre roteiros, orquestrações e letras de músicas, Bricusse se manteve ativo até 2001.

Ele ganhou o Oscar de Melhor Canção em 1967 por “Talk to the Animals”, do musical “O Fabuloso Doutor Dolittle”, que também roteirizou, e o Oscar de Melhor Trilha Sonora em 1982 pelo musical “Victor ou Victoria”, composta em parceria com Henry Mancini.

Ao todo, ele teve 10 indicações ao Oscar. A lista de nomeações inclui, entre outras, as trilhas de “Adeus, Mr. Chips” (1969), “Adorável Avarento” (1970), “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), “Esqueceram de Mim” (1990) e “Hook, a Volta do Capitão Gancho” (1991).

Sua coleção de troféus também contém um Grammy de Melhor Canção do Ano de 1963, “What Kind of Fool Am I”, escrita com Anthony Newley para o musical do West End “Stop the World – I Want to Get Off”. E ele foi cinco vezes indicado ao Tony por espetáculos musicais, ingressando no Hall of Fame dos Compositores em 1989.

Entre seus trabalhos mais conhecidos encontram-se ainda as letras das músicas-temas de dois filmes de James Bond, “007 Contra Goldfinger” (1967) e “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967), e canções que compôs para o teatro, como “Who Can I Turn To” e “Feeling Good” foram gravadas por vários artistas, incluindo Tony Bennett e Nina Simone.

Seu último trabalho cinematográfico foi como letrista no filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), mas suas músicas continuam aparecendo em filmes até hoje. Feita para divertir em “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “The Candy Man”, por exemplo, virou arrepiante no terror “A Lenda de Candyman”, lançado neste ano nos cinemas.