Rússia acelera corrida contra Tom Cruise para fazer o primeiro filme no espaço

Mais de 60 anos depois do Sputnik, a Rússia volta a disputar com os EUA uma nova corrida espacial, desta vez para realizar o primeiro filme rodado no espaço. Depois de Tom […]

Divulgação/Sasha Gusov

Mais de 60 anos depois do Sputnik, a Rússia volta a disputar com os EUA uma nova corrida espacial, desta vez para realizar o primeiro filme rodado no espaço.

Depois de Tom Cruise anunciar seus planos de rodar um épico de US$ 200 milhões acima da atmosfera, uma produção russa se antecipou e já está pronta para decolar seu projeto. A agência espacial russa, Roscosmos, anunciou que enviará a atriz Yuliya Peresild (“O Guardião dos Mundos”) e o diretor Klim Shipenko daqui há duas semanas à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês) para que possam rodar o primeiro filme de ficção no espaço.

“The Challenge” vai contar a história de uma médica russa enviado à ISS para salvar a vida de um cosmonauta. Se tudo correr conforme o planejado, a equipe de produção partirá em outubro em uma missão de 12 dias para realizar o feito histórico.

A equipe de produção recebeu um curso intensivo de viagem espacial no início deste ano no Centro Yuri Gagarin de Treinamento de Cosmonautas. Na quinta-feira (16/9), uma comissão de especialistas médicos e de segurança do Centro deu sua aprovação para o projeto prosseguir.

Shipenko e Peresild estão programados para entrar em órbita em 5 de outubro em uma espaçonave Soyuz pilotada por Anton Shkaplerov, um cosmonauta veterano, com uma tripulação reserva de prontidão para o caso de qualquer problema médico de última hora.

Em uma entrevista coletiva em Moscou, Peresild disse que era “tarde demais” para temer a tarefa cósmica à frente. “Se você tem medo de lobos, não deveria ir para a floresta”, disse ela aos repórteres, acrescentando: “Simplesmente não sobra tempo para o medo”.

Por curiosidade, o diretor Shipenko já dramatizou um voo espacial em estúdio, no filme “Salyut-7”, sobre uma missão espacial soviética de 1985 (com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes). Desta vez, não precisará de efeitos visuais para criar a sensação de mergulho nas estrelas.