Antonia Fontenelle é enquadrada em crime de racismo

Antonia Fontenelle foi indiciada pela Polícia Civil da Paraíba pelo crime de preconceito e racismo por comentários sobre o caso de DJ Ivis – preso por agredir a ex-mulher, Pamela Hollanda. A […]

Instagram/Antonia Fontenelle

Antonia Fontenelle foi indiciada pela Polícia Civil da Paraíba pelo crime de preconceito e racismo por comentários sobre o caso de DJ Ivis – preso por agredir a ex-mulher, Pamela Hollanda. A atriz que virou youtuber utilizou expressões como “esse paraíbas” e “paraibada”, consideradas preconceituosas de acordo com investigação,

As investigações tiveram o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Fontenelle deu depoimento sobre o caso à polícia do Rio e, durante o interrogatório, disse que utilizou a expressão xenofóbica para se referir só ao DJ. Ela falou que não pretendia ofender a população da Paraíba ou qualquer outro nordestino nem quis se mostrar superior.

Mas o inquérito da 1ª Delegacia de Polícia Civil de João Pessoa, aberto em julho e encerrado nesta quarta (22/9), realizou uma perícia nos vídeos que circularam nas redes sociais e chegou à conclusão que o caso se enquadrada na Lei do Racismo, que prevê multa por crime de preconceito ou discriminação e pena de reclusão de 1 a 3 anos.

Ao comentar a agressão de Ivis, Fontenelle se manifestou da seguinte forma: “Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo”.

Posteriormente, ela tentou se justificar a expressão no Instagram. “Paraíba é força de expressão, quem faz ‘paraibada’, como por exemplo bater em mulher. Esses machos escrotos que ganham uns trocados e acham que podem tudo”, disse.

A justificativa teria reincidido na xenofobia. Até a vencedora do “BBB 21”, Juliette Freire, comentou, sem citar o nome da youtuber, que se tratava de ofensa.

“Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum…”.

Com a repercussão do caso, os advogados de Fontenelle afirmavam que a acusação de racismo era caluniosa e baseada em distorção dos fatos.

“A Antonia está sendo vítima de calúnia, pois teve a fala deturpada e retirada de um contexto, quando manifestou indignação nas redes sociais a respeito da violência doméstica praticado pelo DJ Ivis contra a esposa, fato divulgado em mídia nacional”, afirmou um comunicado dos responsáveis pela defesa da atriz.

“Ela jamais teve a intenção de ofender o povo da Paraíba, apenas manifestou opinião sobre o covarde comportamento de um paraibano em específico, do qual temos certeza que não é orgulho para nenhum de seus conterrâneos no momento. O Delegado que determinou a instauração do inquérito policial certamente está sendo induzido a erro, mudaram o foco da questão. Com a investigação será elucidado o fato específico, minha cliente não cometeu o suposto crime alegado. A situação vem causando um abalo imensurável à honra de Antonia, e eventual denúncia caluniosa será apurada, sob as penas da Lei”, acrescentou o texto.

Essa não foi a primeira acusação de xenofobia contra Antonia Fontenelle. Em fevereiro, ela foi indiciada pelos crimes de racismo e xenofobia após dizer que Giselle Itié deveria voltar para o México, país onde a atriz nasceu.