Amanda Knox ataca filme “Stillwater” por ficcionalizar sua vida sem autorização

A americana Amanda Knox, que ficou conhecida devido a um caso criminal midiático, que a levou a passar cinco anos presa na Itália sob acusação de homicídio, atacou o filme “Sillwater”, estrelado […]

Divulgação/Focus Features

A americana Amanda Knox, que ficou conhecida devido a um caso criminal midiático, que a levou a passar cinco anos presa na Itália sob acusação de homicídio, atacou o filme “Sillwater”, estrelado por Matt Damon, por querer lucrar com sua tragédia pessoal.

Em texto publicado nas redes sociais, Amanda questionou o direito do filme de ficcionalizar sua história sem lhe pedir permissão e ignorar os erros da Justiça que a levaram à sua prisão.

“Meu nome pertence a mim? Meu rosto? E quanto à minha vida? Minha história? Por que meu nome é usado para se referir a eventos dos quais não participei?”, escreveu a atriz, frisando que não autorizou os produtores do longa a filmarem sua história. “Volto a essas perguntas repetidamente, porque continuam a lucrar com minha identidade e meu trauma, sem meu consentimento”.

Apesar do que ela afirma, não há nenhuma personagem chamada Amanda Knox no filme, embora o diretor Tom McCarthy (de “Spotlight”) tenha admitido que se inspirou na história de Amanda como ponto de partida para contar uma trama fictícia. Além disso, toda a perspectiva de “Stillwater” é centrada na angústia de um pai de família.

“Stillwater” conta a história de Bill, um americano interpretado por Matt Damon, que vai à França para ajudar sua filha Allison (Abigail Breslin), após ela ser presa e acusada de matar uma amiga.

“Fiquei muito fascinado pelo caso Amanda Knox. Serviu somente como inspiração mesmo”, disse McCarthy durante a divulgação do filme. “Eu comecei a pensar sobre a relação com o pai, porque havia acabado de ter uma filha”.

Em 2007, Amanda foi detida, aos 20 anos, por suspeita de assassinar a companheira de quarto, Meredith Kercher, na Itália. Ela passou cinco anos na prisão, durante um julgamento que se estendeu por oito anos, antes de ser inocentada em 2015 devido a vários erros cometidos pela polícia durante a investigação.

A história real já foi contada em um filme e também em documentário – lançado em 2016 pela Netflix com o nome “Amanda Knox”.

Após ser exibido fora de competição no Festival de Cannes, “Stillwater” estreou neste fim de semana nos cinemas dos EUA, recebendo 75% de aprovação da crítica.

A estreia no Brasil está marcada para 2 de setembro.

Veja abaixo os trailers de “Stillwater” e do documentário da Netflix, seguidos pelo tuite de protesto de Amanda Knox.