Milton Moses Ginsberg, o diretor nova-iorquino que era cultuado por dois filmes independentes de décadas atrás, morreu de câncer em 23 de maio, em Manhattan, aos 85 anos. A informação foi revelada por sua esposa, Nina Ginsberg, neste domingo (13/6).
Ginsberg era editor de cinema quando suas ambições o levaram a filmar “Coming Apart” em 1969. O filme em preto e branco usou uma câmera estática para, basicamente, documentar Rip Torn no papel de um psiquiatra que, por sua vez, registrava suas sessões com uma câmera escondida. Na época, a produção dividiu a crítica, mas acabou ganhando admiradores com o passar do tempo e muitos o apontam como grande influência na série “Em Terapia” (e sua versão brasileira, “Sessão de Terapia”).
O cineasta assumiu uma estética marginal em 1973 com “O Lobisomem de Washington”. O filme trazia Dean Stockwell como um funcionário da Casa Branca que se transformava em lobisomem em momentos inoportunos, matando personagens baseados em figuras políticas conhecidas da época.
Problemas de saúde obrigaram Ginsberg a abandonar a direção. Mas ele conseguiu se manter trabalhando com edição de filmes, entre eles dois documentários vencedores do Oscar: o longa “Down and Out in America” (1986) e o curta “The Personals” (1999).
Em seus últimos anos, Ginsberg fez pequenos ensaios experimentais em curtas e vídeo.