Karol Conká soltou o “Dilúvio”. Uma semana depois de apresentar a música para o público, durante a final do “BBB 12”, a rapper curitibana lançou o clipe no YouTube. E se o tempo andava fechado na sua vida, após as confusões que arrumou no reality show da Globo e a fizeram ser ejetada com recorde de reprovação do público, o “Dilúvio” parece lavar tudo, deixando um arco-íris de criatividade em sua passagem.
“Dilúvio” é uma das melhores músicas da carreira da cantora, com baixo pulsante, hipnótico, num arranjo eletrônico absolutamente moderno, que se encaixa à perfeição com o rap veloz e o refrão melódico. Apostas não convencionais, ao estilo do saudoso trip hop da banda inglesa Massive Attack, que permitem um renascimento musical.
Já o clipe, com direção de Bruno Trindade, ilustra o turbilhão que é a artista, capaz de encher um rio inteiro só para desaguar “toda essa pressão e tensão” numa piscina vazia e sofrer “delírios vividos” que “ninguém vê”, sozinha entre quatro paredes. “Só mais um dia de luta” para Karol Conká, que enfrenta um dilúvio de críticas com roupas brancas e cabelos ao vento.
“Se pra vencer, tem que superar o sofrer/ Supero sem esquecer/ Do real motivo pra viver”, ela canta. E o real motivo pra Carol viver é sua arte. De personalidade forte, ela não se contentaria com menos que um dilúvio para lavar a alma.