O ator francês André Maranne, que ficou conhecido como parceiro do desastrado Inspetor Closeau (Peter Sellers) nos filmes de “A Pantera Cor-de-Rosa”, morreu em 12 de abril, aos 94 anos. Seu falecimento só ficou conhecido nesta quinta (6/5), mas a causa da morte não foi divulgada.
A carreira começou na TV francesa em 1955, mas Maranne fez rapidamente a transição para o cinema falado em inglês três anos depois, com pequenos papéis em dois filmes estrelados por Stewart Granger, “O Rugido da Morte” e “A Verdade Dói”. Após mais três longas dirigidos pelo inglês Lewis Gilbert, “Amanhã Sorrirei Outra Vez” (1958), “Fruto de Verão” (1961) e “Revolta em Alto Mar” (1962), acabou se estabelecendo no mercado britânico e até apareceu em séries clássicas do Reino Unido, como “O Santo” e “Protectors”, antes de ser selecionado para seu papel mais conhecido.
Ele encarnou pela primeira vez o sargento François Chevalier em “Um Tiro no Escuro” (1964), que foi rodado por Blake Edwards em Londres. Fez tanto sucesso como assistente do inepto chefe inspetor Charles Dreyfus (Herbert Lom) que reprisou o papel em mais cinco filmes, ao longo de duas décadas, despedindo-se em “A Maldição da Pantera Cor-de-Rosa” – feito com sobras de filmagens e lançado em 1983, três anos após a morte do ator principal da franquia, Peter Sellers.
Maranne ainda trabalhou com Blake Edwards na comédia “Lili, Minha Adorável Espiã” (1970), retomou a parceria com Lewis Gilbert em “Paul e Michelle” (1974), travou “A Batalha da Grã-Bretanha” (1969), enfrentou James Bond em “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965), participou do cult psicodélico “A Garota da Motocicleta” (1968), viajou na Tardis de “Doctor Who” (em 1967) e matou o público britânico de rir num episódio antológico de “Fawlty Towers” de 1975.
Seus últimos filmes foram “O Fio da Navalha” (1984), com Bill Murray, e “Plenty, o Mundo de uma Mulher” (1985), com Meryl Streep, seguidos por várias minisséries britânicas até o fim da carreira em 1991.