O ator Tony Ramos, que contracenou com Nicette Bruno em diversos trabalhos, desde a época da TV Tupi, lamentou a morte da colega querida durante participação no “Jornal GloboNews” deste domingo (20/12). Em depoimento via videoconferência, ele pediu urgência na liberação das vacinas, além de lembrar que é preciso respeitar os protocolos de distanciamento social.
“Mantenham o distanciamento. Usem a máscara. Lavem bem suas mãos. Esperemos essas vacinas. Que venham rápido, com a urgência necessária. E que a gente tome essas vacinas, os dois ciclos necessários. E ainda assim tenhamos consciência de que não é porque vacinou que está curado”, disse o ator.
Nicette Bruno morreu na manhã deste domingo (20), aos 87 anos, vítima da covid-19. Ela teria sido contaminada pela visita de um parente assintomático e chegou a ser intubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Rio, por três semanas.
“A gente perde um dos grandes pilares do teatro, do cinema e da televisão brasileira. Saudade para todo o sempre”, afirmou Tony Ramos. “Essa mulher absolutamente batalhadora, sonhadora, completando uma novela dois meses antes, já pensando no próximo projeto, já trocando ideias de como seria o próximo espetáculo, o cenário, o elenco, enfim, uma atriz que não estava nunca acomodada. Nunca esteve”, acrescentou.
“A gente fica aqui buscando entender tudo isso que está acontecendo com todos nós. Isso aqui não é uma brincadeira. Esse é um vírus agressivo, poderoso, misterioso. Ainda não decifrado. Já há na Europa casos de reinfecção. É mais que chegada a hora das pessoas entenderem o que está nos rodeando. De termos políticas claras, públicas, rápidas, de atendimento fundamentalmente a classes muito necessitadas. E esclarecimento público”, continuou o ator.
Ele contou que também perdeu recentemente um parente para a covid-19. “Digo como um leigo, mas como um pai, companheiro, como avô. A preocupação minha é enorme. Eu perdi um primo-irmão querido pra essa Covid lá em São Paulo, então sabemos muito bem o que é essa dor. Mas parece que isso virou uma brincadeira. A cultura de preservação e do respeito ao próximo, essa tem que ser eterna.”