O humorista Sérgio Mallandro, que popularizou a famosa “Pegadinha do Malandro” na TV, confessou ter caído numa pegadinha de verdade, na forma de uma pirâmide financeira.
Ele foi uma das vítimas da JJ Invest, que chegou a patrocinar clubes de futebol do Rio de Janeiro e teve seu dono preso recentemente. A empresa foi uma das muitas ligadas a negócios de criptomoedas, que no ano passado apresentavam promessas de lucro fácil e garantido – incríveis 10% ao dia – , mas acabaram sendo reveladas como esquemas de golpistas. Os danos causados estão na casa dos bilhões de reais.
Ao todo, autoridades policiais estimam que só a JJ Invest embolsou R$ 170 milhões de mais de 3 mil investidores.
O responsável pela empresa é Jonas Jaimovick, preso no dia 9 de novembro. Além de clubes cariocas, Jonas ainda patrocinava eventos culturais e camarotes de eventos.
Mallandro chegou a fazer publicidade para a JJ Invest, sendo visto em vídeos afirmando que “o dinheiro está rendendo, é a JJ Invest”.
Mas em entrevista ao Fantástico, exibida no domingo (22/11), o humorista conta uma história bem diferente. O dinheiro sumiu, foi a JJ Invest.
O comediante confidenciou que os patrocínios a clubes de futebol fizeram com que ele acreditasse que a empresa era legítima.
“Pra botar uma marca em uma camisa de futebol, em um time de primeira, tem que ter dinheiro. Precisa ser uma empresa consolidada. Então, eu nunca imaginei na minha vida que eu poderia ver uma notícia daquela, que aquele cara [Jonas] poderia ter se metido em uma confusão tremenda. Eu fiz um investimento lá, todo mês tinha relatório direitinho, mostrando. Pra mim, foi um susto muito grande.”
Só que a JJ Invest não tinha autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer seus serviços de investimentos. “Eu acho que eu caí na pegadinha do Malandro”, conclui o ator.
Além de Mallandro, a atriz Cristiana Pompeo (“Deus Salve o Rei”) e até o craque Zico investiram na empresa.
O advogado de Jaimovick afirmou que as pessoas que investiram (Pompeo disse ter lançado mão de 10 anos de fundo de garantia no negócio) não vão receber de volta seus valores.