Mais de 70 diretores e produtores de Hollywood, entre eles os cineastas vencedores do Oscar James Cameron, Clint Eastwood e Martin Scorsese, uniram forças com proprietários de cinemas em um alerta e apelo por ajuda financeira do governo dos EUA, dizendo temer pelo futuro da indústria.
Em uma carta aos líderes do Senado e da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, eles disseram que o fechamento das salas causado pelo coronavírus teve um efeito devastador e que, sem recursos, “os cinemas podem não sobreviver ao impacto da pandemia”.
Além das assinaturas individuais, o documento é endossado pelo Sindicato dos Diretores, a Associação Nacional dos Proprietários de Cinema e a Associação do Cinema dos EUA.
Devido à pandemia os cinemas paralisaram suas projeções em meados de março nos EUA. Embora grandes redes, incluindo AMC Entertainment e Cineworld, já tenham reaberto algumas salas com capacidade reduzida, os principais maiores do país, em Los Angeles e Nova York, continuam com a política de salas fechadas.
Para piorar, os esforços para levar o público de volta ao cinema fracassaram. A iniciativa da Warner de lançar “Tenet” resultou em uma bilheteria muito abaixo do esperado nos EUA e, diante do receio de perder fortunas, os estúdios de Hollywood atrasaram o lançamento de filmes prontos, como “Viúva Negra” e “Top Gun: Maverick”, para 2021.
A este quadro, somam-se ainda a decisão da Disney de lançar “Mulan” em streaming e um acordo histórico, firmado entre o estúdio Universal e os cinemas da rede AMC, para diminuir drasticamente a janela de exibição entre os lançamentos cinematográficos e sua disponibilização em streaming.
Diante de todos esses desdobramentos, o cenário vislumbrado para o futuro dos cinemas parece realmente ser apocalíptico.