A série de médicos “Grey’s Anatomy” terá “a oportunidade e a responsabilidade” de abordar a pandemia da covid-19 na sua próxima temporada, disse a showrunner Krista Vernoff.
Em evento virtual promovido pela Academia de Televisão dos EUA, responsável pelo Emmy Awards, ela disse que os roteiristas estão ouvindo histórias de médicos reais para escrever os episódios que abordarão o coronavírus.
“Todos os anos temos conversas com médicos, que nos contam suas histórias. Normalmente, são as coisas mais engraçadas ou loucas que eles já viram. Este ano, é mais como uma terapia. Muitos deles estão falando pela primeira vez sobre isso [a pandemia], e começam a chorar e tremer. Eles falam sobre isso como se fosse uma guerra para a qual não foram treinados”, ela contou.
Nesta comparação, a equipe do hospital televisivo Grey Sloan Memorial leva uma vantagem em relação a seus colegas de hospitais reais: a presença de Owen (Kevin McKidd), que já serviu como médico em um campo de guerra de verdade, no Iraque.
Vernoff disse que, de fato, a experiência do personagem vai fazer a diferença nos próximos episódios. “Ele foi treinado para lidar com isso de uma forma que os outros médicos não foram”.
Além de refletir a pandemia, os roteiristas da série enfrentarão outro problema, que é “manter o humor e o romance vivos”, características que diferencia “Grey’s Anatomy” das outras atrações médicas, enquanto contam as histórias traumáticas da luta contra a covid-19.
A produção da 17ª temporada ainda não começou, justamente devido à pandemia. A data da volta ao trabalho não foi definida, nem há previsão para a estreia dos novos capítulos.