John Mahon (1938 – 2020)

O ator John Mahon, que viveu policiais e militares em vários blockbusters dos anos 1990, morreu em 3 de maio, de causas naturais em sua casa em Los Angeles. Ele tinha 82 […]

O ator John Mahon, que viveu policiais e militares em vários blockbusters dos anos 1990, morreu em 3 de maio, de causas naturais em sua casa em Los Angeles. Ele tinha 82 anos e sua morte foi anunciada apenas na terça (19/5) por seu filho Joseph.

Nascido em 3 de fevereiro de 1938, em Scranton, Pensilvânia, Mahon contraiu poliomielite na infância e passou quase nove meses totalmente paralisado. Ele nunca recuperou o uso total do braço esquerdo, mas tornou-se um mentor de atores com deficiência e escreveu sobre sua vida e carreira em um livro de memórias de 2014 (“A Life of Make Believe: From Paralysis to Hollywood”).

Ele estudou línguas clássicas e literatura inglesa na Universidade de Scranton, onde conheceu o dramaturgo e ator Jason Miller, vencedor do Prêmio Pulitzer, com quem veio a trabalhar frequentemente.

Em 1971, ele foi indicado ao prêmio de Melhor Ator pelos críticos de teatro de Nova York pela peça “Nobody Hears a Broken Drum”, escrita por Miller. Em seguida, fez sua estreia no cinema num pequeno papel em “O Exorcista” (1973), de William Friedkin, filme em que seu amigo Miller encarnou seu papel famoso, como o padre Karras. A amizade da dupla continuou com a peça “That Championship Season” do dramaturgo, que marcou a estreia de Mahon como diretor de teatro.

A carreira de diretor progrediu em inúmeros produções da Broadway e do circuito off-Broadway em Nova York, incluindo montagens de “Hair”, “Camelot”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?” e “Um Estranho no Ninho”.

Apesar disso, Mahon teve tempo para atuar em diversas séries e filmes.

No cinema, a maioria de seus papéis foram registrados nos anos 1990, quando fez “Sob a Sombra do Mal” (1990), de Curtis Hanson, o clássico de terror “As Criaturas Atrás das Paredes” (1991), de Wes Craven, o thriller “Um Passo em Falso” (1992), de Carl Franklin, a comédia “Meu Querido Presidente” (1995), de Rob Rainer, o clássico neo-noir “Los Angeles: Cidade Proibida” (1997), novamente sob direção de Hanson, a sci-fi apocalíptica “Armageddon” (1998), de Michael Bay, e a sátira de espionagem “Austin Powers” (1999), de Jay Roach. É uma lista impressionante, com sucessos de bilheterias e queridinhos da crítica.

Na TV, também colecionou participações em atrações icônicas, como “Arquivo Confidencial” (The Rockford Files), “Chumbo Grosso” (Hill Street Blues), “MacGyver – Profissão: Perigo” (MacGyver), “A Supermáquina” (Knight Rider), “Arquivo X” (The X-Files), “Angel”, “Frasier”, “Crossing Jordan”, “Arquivo Morto” (Cold Case) e “Star Trek: Enterprise”.

Seus últimos trabalhos incluíram o filme “Zodiaco” (2007), de David Fincher, e seu único papel recorrente numa série, como o porteiro George de “Studio 60 on the Sunset Strip” (2006–2007).

Ele também atuou em vários comerciais.