As produtoras CBS Studios, do conglomerado ViacomCBS, e ABC Signature e ABC Studios, ambas do grupo Disney, estão sendo processadas pelo governo da Califórnia, acusadas de encobrir 14 anos de assédio sexual contra homens da equipe de produção da série “Criminal Minds”, exibida nos EUA pela rede CBS. A informação foi compartilhada pelo Departamento de Emprego Justo e Habitação (DFEH) da Califórnia nesta terça-feira (26/5).
De acordo com o processo, o diretor de fotografia Gregory St. Johns teria abusado de sua posição para apalpar repetidamente funcionários e retaliar aqueles que rejeitaram seus avanços nos bastidores da série.
Enquanto trabalhou em 278 dos 323 episódios de “Criminal Minds”, St. Johns teria abusado de vários homens, tocando em suas genitálias e fazendo carícias em “seus pescoços, ombros e ouvidos” em um padrão de comportamento “desenfreado, frequente e aberto”.
O processo alega ainda que “a equipe de produção executiva teve conhecimento e apoiou a conduta ilegal, demitindo vários funcionários que resistiram ao assédio de St. John”, segundo o comunicado do órgão, que fiscaliza a aplicação das leis de direitos civis na Califórnia e suas violações, incluindo o assédio no local de trabalho.
Além de processar as empresas produtoras, a ação também inclui alguns executivos como réus, visando indenizar as vítimas do assédio. Entre eles, estão a showrunner da série, Erica Messer, os produtores executivos Harry Bring e John Breen Frazier, o diretor Glenn Kershaw e a gerente de produção Stacey Beneville.
Encerrada em fevereiro após 15 temporadas, “Criminal Minds” enfrentou outros problemas ao longo de sua produção. O maior escândalo foi a demissão de seu principal ator, Thomas Gibson, por agressão a um dos roteiristas da série no set de gravações. Seis anos antes, ele chegou a empurrar um dos diretores da atração e foi forçado a frequentar terapia para controle de raiva.