Regina Duarte confirma que será Secretária Especial da Cultura

A atriz Regina Duarte confirmou nesta quarta-feira (29/1) que irá assumir a Secretaria Especial da Cultura, após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O ministro do Turismo, […]

Presidência/Carolina Antunes

A atriz Regina Duarte confirmou nesta quarta-feira (29/1) que irá assumir a Secretaria Especial da Cultura, após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, também participou do encontro. Regina será subordinada de Antonio.

“Sim”, disse a atriz ao sair da reunião, revelando ter aceito ao convite. “Só que agora vão ocorrer os proclamas antes do casamento”, acrescentou, referindo-se aos trâmites legais e insistindo em sua metáfora matrimonial com Bolsonaro.

Ela foi convidada para a pasta da Cultura após a demissão do antigo secretário, Roberto Alvim, que foi flagrado plagiando trechos de discursos nazistas. Mas só deve assumir para valer após a oficialização de seu cargo, via publicação no Diário Oficial da União, que ainda não tem data para acontecer.

Na terça-feira, Bolsonaro havia dito que Regina tem o “conhecimento do que vai fazer no cargo”, mas ressaltou que ela precisará de pessoas “com gestão” ao seu lado, e garantiu que ela terá a liberdade de “trocar quem ela quiser” na secretaria.

Em nota, o ministro Marcelo Álvaro Antonio afirmou que a atriz é um reforço “do mais alto nível” ao governo e terá excelentes resultados no cargo.

“Trata-se de um reforço do mais alto nível para compor o time do governo federal. Turismo e Cultura são atividades com uma forte sinergia que mostram ao mundo o que o Brasil tem de melhor, além de terem um alto potencial de geração de emprego e renda em nosso país e é sob essa perspectiva que trabalharemos fortemente e tendo essa importante parceira em nossa equipe. Tenho certeza que ela será bem sucedida nesse novo desafio e que teremos excelentes resultados”, disse o ministro.

Regina Duarte será a quarta titular da Cultura no governo Bolsonaro. Em agosto, o então secretário Henrique Pires deixou o cargo após polêmica envolvendo o cancelamento de um edital para TVs públicas que incluía séries com temática LGBT. Depois, o economista Ricardo Braga foi alçado ao cargo, mas acabou sendo indicado para chefiar uma secretaria do Ministério da Educação após cerca de dois meses, sendo substituído por Alvim.

Defensora do governo, a atriz é amiga da primeira-dama Michelle Bolsonaro e uma das conselheiras do Pátria Voluntária, programa de Michelle para fomentar a prática do voluntariado no país.

Após ser convidada e iniciar o período que chamou de “noivado”, Regina postou um vídeo com críticas ao “marxismo cultural”, expressão inspirada pelo nazismo e usada pelo defenestrado Alvim, que serve para rotular toda obra de arte engajada como inimiga.