Cineasta iraniano é condenado a chicotadas, confisco e cinco anos de prisão

Vencedor do Festival de Veneza, Mohammad Rasoulof é acusado de "conluio contra a segurança nacional"

Divulgação/Cosmopol Film

O cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, vencedor do Festival de Berlim com “Não Há Mal Algum” (2020), foi condenado a cinco anos de prisão por “conluio contra a segurança nacional”, conforme revelou seu advogado Babak Paknia nesta quarta-feira (8/5). Além da prisão, o veredito inclui chicotadas, multa e confisco de bens. Essas informações foram divulgadas pelo advogado na rede social X, enquanto a mídia oficial do Irã permanece em silêncio sobre o caso.

Prisão e ativismo

Rasoulof foi preso em julho de 2022 após manifestar apoio aos protestos que ocorreram no Irã devido ao colapso de um edifício que resultou na morte de mais de 40 pessoas no sudoeste do país. Durante esse período, ele e outros cineastas iranianos emitiram uma carta aberta exigindo que as forças de segurança “deponham as armas” em resposta à indignação pública com a corrupção e a incompetência dos líderes.

Presença em Cannes

O mais recente trabalho de Rasoulof, “A Semente do Figo Sagrado”, foi selecionado para a competição oficial do Festival de Cinema de Cannes deste ano, que começa no dia 14 de maio. O cineasta, que critica a pena de morte, agora enfrenta represálias significativas em seu país enquanto seu trabalho continua a ser reconhecido internacionalmente.