O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva manifestou-se nas redes sociais sobre a morte do cineasta Fábio Barreto, que foi diretor do longa “Lula, o Filho do Brasil”.
“Fábio Barreto foi um grande cineasta de uma família com uma contribuição imensa para a cultura nacional. Pelo cinema contou histórias do nosso Brasil e ajudou estrangeiros e nós mesmos a sabermos mais sobre nosso país. Depois de décadas, conseguiu o feito raro de disputar um Oscar de melhor filme estrangeiro com “O Quatrilho”. Agradeço sua dedicação e o carinho com que tratou a mim, minha mãe, Marisa e o movimento sindical no filme que fez sobre minha juventude”, escreveu Lula no Twitter.
“Depois de anos de um trágico acidente, Fábio descansou. Meu carinho, minha solidariedade e abraço fraterno para seu pai, Luiz Carlos Barreto, sua mãe, Lucy, seus familiares, amigos e admiradores”, completou o político.
O cineasta estava em coma desde 2009, quando sofreu um grave acidente de carro, dois dias após a première de “Lula, o Filho do Brasil” no Festival de Brasília.
O último trabalho de Fábio Barreto acabou se tornando o longa mais controvertido de sua carreira, após a consagração de ter obtido a segunda indicação brasileira no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira com “Quatrilho”.
“Lula, o Filho do Brasil” era uma hagiografia de Luiz Inácio Lula da Silva, filmada quando o retratado nas telas ainda era presidente do Brasil. A obra conta a trajetória de Lula antes de ingressar na política, desde que sua família saiu do interior do Nordeste com destino a São Paulo até o momento em que ele se estabeleceu como líder sindical no ABC paulista.
Seu pai, Luiz Carlos Barreto, produziu o filme acreditando que quebraria recordes de bilheteria, tamanha a popularidade de Lula no período – capaz de eleger a inexperiente Dilma Rousseff como sua sucessora na presidência do país. Mas o fenômeno não aconteceu. Durante a Operação Lava Jato, a produção acabou investigada por conta de sua ligação com as grandes empreiteiras condenadas por corrupção. Ostentando o fato de ter sido filmado sem apoio federal ou incentivo fiscal, “Lula, o Filho do Brasil” foi totalmente bancado pelas empresas Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht, cujos dirigentes foram posteriormente presos em meio às investigações de desvios bilionários na Petrobrás.
Fábio Barreto não viu nada disso, apenas a recepção positiva à première no Festival de Brasília, em 17 de novembro de 2009. Dois dias depois, capotou com sua Pajero Mitsubishi dourada na Rua Real Grandeza, próximo ao acesso do Túnel Velho, quando voltava do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Segundo uma testemunha, o cineasta, que estava sozinho no carro, teve o veículo fechado por um automóvel e despencou de uma altura de de quatro metros, para a outra pista. No acidente, Fábio sofreu politraumatismos, com predominância de traumatismo cranioencefálico. Ele entrou em coma e nunca mais acordou.
Fábio Barreto foi um grande cineasta de uma família com uma contribuição imensa para a cultura nacional. Pelo cinema contou histórias do nosso Brasil e ajudou estrangeiros e nós mesmos a sabermos mais sobre nosso país.
— Lula (@LulaOficial) November 21, 2019
Depois de décadas, conseguiu o feito raro de disputar um Oscar de melhor filme estrangeiro com “O Quatrilho”. Agradeço sua dedicação e o carinho com que tratou a mim, minha mãe, Marisa e o movimento sindical no filme que fez sobre minha juventude.
— Lula (@LulaOficial) November 21, 2019
Depois de anos de um trágico acidente, Fábio descansou. Meu carinho, minha solidariedade e abraço fraterno para seu pai, Luiz Carlos Barreto, sua mãe, Lucy, seus familiares, amigos e admiradores.
— Lula (@LulaOficial) November 21, 2019