Projeto Gemini: Tecnologia 3D do filme é tão avançada que nenhum cinema é capaz de exibi-la como deveria

Com estreia marcada para esta semana, o filme “Projeto Gemini”, estrelado por Will Smith, usou técnicas de captação de imagens em 3D tão avançadas que não há cinema no mundo capaz de […]

Com estreia marcada para esta semana, o filme “Projeto Gemini”, estrelado por Will Smith, usou técnicas de captação de imagens em 3D tão avançadas que não há cinema no mundo capaz de exibi-las de forma a reproduzir todos os avanços de sua produção.

O filme do cineasta Ang Lee (“As Aventuras de Pi”) foi gravado em velocidade de 120 frames por segundo (FPS), com resolução 4K em câmeras 3D de última geração. Mas, de acordo com levantamento feito pelo site Polygon, apenas 14 cinemas dos Estados Unidos tem capacidade para projetar o filme em 3D de 120 FPS. Mesmo assim, suas telas possuem apenas resolução 2K.

Isso não significa que o filme não pode ser reproduzido no cinema. Ele foi adaptado para rodar em diferentes capacidades de projeções. Portanto, o público será capaz de vê-los nas telas. Apenas não verá exatamente o que o diretor filmou.

Ang Lee revelou, em entrevista ao site Deadline, que se sente frustrado pela falta de avanço no cinema 3D, tanto do ponto de vista tecnológico quanto artístico, lamentando a falta de mais obras inovadoras após iniciativas como “Avatar” (2009), “A Invenção de Hugo Cabret” (2011), seu próprio “As Aventuras de Pi” (2012) e “Gravidade” (2013).

Ele revelou que, ao filmar em 120 FPS, mudou até seu estilo cinematográfico, desacelerando várias cenas para destacar a capacidade de captação de detalhes que só a imagem em altíssima definição é capaz de registrar. E ao fazer isso descobriu um paradoxo. Que cenas em 120 FPS parecem muito mais rápidas que as imagens tradicionais, mesmo durante uso de câmera lenta.

Para quem não sabe, a velocidade tradicional, vista na maioria esmagadora dos filmes, é de 24 FPS – velocidade que sugere a “ilusão” do movimento na antiga projeção de fotogramas consecutivos.

Além da tecnologia empregada nas gravações, “Projeto Gemini” também destaca efeitos visuais que criam uma versão jovem de Will Smith, em cenas em que o ator digital contracena com o Will Smith real.

Na obra, Will Smith vive um agente secreto caçado por seu clone mais jovem.

“Projeto Gemini” estreia nesta quinta-feira (10/10) no Brasil e no dia seguinte nos Estados Unidos.

Veja abaixo um vídeo legendado dos bastidores, focado justamente na tecnologia 3D da produção.