Principal lançamento desta quinta-feira (15/8), “Era uma Vez… em Hollywood” finalmente chega ao Brasil, quase um mês após sua consagração nos Estados Unidos. Um dos maiores sucessos comerciais da carreira de Quentin Tarantino reúne, pela primeira vez no mesmo filme, os astros Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, que já tinham trabalhado com o diretor em “Django Livre” e “Bastardos Inglórios”, respectivamente.
Eles vivem um ator em decadência e seu dublê de longa data, que veem Hollywood e o mundo mudar de forma radical em 1969, enquanto Sharon Tate, casada com o cineasta Roman Polanski – e vivida por Margot Robbie – passa a representar uma nova geração nos cinemas. Mas a felicidade dela não vai durar muito, pois o psicopata Charles Manson logo começa a aparecer em sua vizinhança.
Tem muito mais gente famosa no elenco e referenciada no filme, que dividiu opiniões, mas agradou em cheio aos fãs do diretor, acostumados a seu estilo subversivo de cinema. Obrigatório para cinéfilos e também para quem busca apenas uma boa diversão.
O detalhe é que, apesar da expectativa, “Era uma Vez… em Hollywood” vai ter lançamento mediano, em cerca de 300 salas – 10% do circuito.
Isto acontece porque “Nada a Perder 2” vai ocupar o dobro de telas. Obrigatório (literalmente) para fiéis da Igreja Universal, a segunda parte da cinebiografia do bispo Edir Macedo já tem sessões esgotadas. Mas não deve repetir o fenômeno do primeiro longa, a maior bilheteria nacional de todos os tempos. A diferença começa pelo lançamento muito menor: em 600 salas, enquanto a primeira parte foi distribuída em 1,1 mil. Além disso, o site Ingresso.com revelou que a pré-venda, iniciada em 15 de de junho, é 4,5 vezes menor do que o montante do filme anterior. O site não divulga números exatos.
Com isso, o circuito limitado recebe apenas três filmes nesta semana. O melhor é a comédia “Noite Mágica”, de Paolo Virzi (“A Primeira Coisa Bela”), que presta homenagem à era de ouro do cinema italiano e tem 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas vale registrar que o documentário brasileiro “Espero Tua (Re)Volta”, de Eliza Capai, foi um dos vencedores das premiações paralelas do Festival de Berlim 2019. Exibido na mostra Generation, dedicada a filmes sobre a juventude, o longa venceu o prêmio da organização Anistia Internacional e o Prêmio da Paz, que é dado pela Fundação Heinrich Böll, como expoente do “cinema comprometido com a coragem cívica”. O filme aborda as ocupações de escolas de 2015 pelo movimento estudantil, tema que já foi superado pelas novas manifestações de estudantes contra a política educacional do governo Bolsonaro.
Confira abaixo a lista completa das estreias da semana com suas sinopses e trailers.
Era uma Vez… em Hollywood | EUA | Drama
Noite Mágica | Itália | Comédia
Certo dia, um dos maiores produtores de cinema na Itália é encontrado morto dentro de um rio. Os principais suspeitos são três jovens roteiristas que tiveram contato com ele recentemente. Durante uma noite, os três são levados à delegacia para serem interrogados. Esta será a oportunidade de relembrarem seus percursos, que coincidem com o declínio da Era de Ouro das produções italianas.
Nada a Perder 2 | Brasil | Drama
Após deixar a prisão, em 1992, Edir Macedo (Petrônio Gontijo) lidera a Igreja Universal do Reino de Deus em busca de seu maior sonho: a construção do Templo de Salomão, réplica do local homônimo citado na Bíblia, localizado em São Paulo.
Eu Sou Brasileiro | Brasil | Drama
Léo (Daniel Rocha) passou a sua vida inteira tentando se tornar um jogador de futebol famoso e bem sucedido, mas a rotina suburbana nunca aliviou o seu lado. No entanto, mesmo com todos os problemas, ele faz o mesmo que todo bom brasileiro: não desiste e continua tentando. Na intenção de dar a volta por cima, Léo vai para o tudo ou nada e arrisca uma última grande chance.
Espero tua (Re)volta | Brasil | Documentário
Um retrato do movimento estudantil que ganhou força a partir do ano de 2015 ocupando escolas estaduais por todo Brasil. Acompanhando três jovens do movimento e com imagens de arquivo de manifestações desde 2013, o documentário tenta compreender as ocupações e as suas principais pautas a partir do ponto de vista dos estudantes envolvidos.