Criada especificamente para celulares, a plataforma de streaming Quibi está desenvolvendo um portfólio impressionante de séries.
O nome do aplicativo vem da junção das primeiras sílabas das palavras “quick” (ligeiro) e “bites”. Jeffrey Katzenberg, o fundador da DreamWorks Animation, é o responsável pela iniciativa, que tem como diferencial produzir episódios de menor duração.
Seus capítulos terão de 7 a 10 minutos. O que vai na contra-mão dos novos hábitos de consumo do público, que tem se atirado em longas maratonas de séries. A aposta é em outra característica atual: o baixo nível de atenção e foco de quem navega por celular. Por isso, pretende oferecer conteúdo fast, que pode ser devorado em qualquer local.
O detalhe é que o recheio deste Quibi contém muitas calorias. Em outras palavras, as séries encomendadas são superproduções.
Por exemplo: Steven Spielberg vai produzir uma série de terror que só poderá ser vista à noite pelo aplicativo.
Outras séries em desenvolvimento são terrores de Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e Sam Raimi (“Evil Dead”), um drama sobre suicídio do cineasta Peter Farrelly (“Green Book”), um thriller de ação com Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”), um drama policial produzido por Antoine Fuqua (“O Protetor”), uma comédia estrelada e produzida por Anna Kendrick (“Um Pequeno Favor”), uma ficção científica com Don Cheadle (“Vingadores: Ultimato”) e Emily Mortimer (“Chernobyl”), uma comédia musical com Darren Criss (“Glee”), uma produção de super-heróis de Doug Liman (“No Limite do Amanhã”), uma adaptação do filme “Marcação Cerrada” (1999), um remake da série clássica “O Fugitivo” (1963), atrações não reveladas dos diretores Stephen Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) e Paul Feig (“Um Pequeno Favor”), entre muitos projetos.
O Quibi também deve oferecer outros tipos de atrações, como programas de notícias e reality shows – já estão confirmados um reality de luta livre feminina, um programa de moda de Tyra Banks (produtora-apresentadora de “America’s Next Top Model”) e remakes de “Punk’d” e “Singled Out”, da MTV.
A plataforma conseguiu um aporte de US$ 1 bilhão de investidores como Sony Pictures, Disney, Warner Bros., Time Warner, MGM e Alibaba, e pretende oferecer 125 conteúdos semanais e 7 mil ao longo de seu primeiro ano.
O interesse dos estúdios reflete uma aposta no formato, apesar da dificuldade encontrada até aqui para emplacar séries desse formato e exclusivas de dispositivos móveis – veja-se a falta de repercussão dos lançamentos do Snapchat.
A conferir, em 2020.