A atriz Paolla Oliveira (da série “Assédio”) registrou uma ocorrência contra os responsáveis por compartilhar um vídeo de sexo falsamente relacionando ao nome dela. Quem aparece nas imagens, na verdade, é uma atriz de filmes pornográficos norte-americana. Logo depois que deixou a Delegacia de Repressão aos Crimes da Internet (DRCI) do Rio, ela desabafou no seu Instagram sobre o caso.
“Estive hoje na delegacia para cumprir um dever cívico, não só por mim, mas também por todas as mulheres que, diferente do meu caso, realmente tiveram sua intimidade exposta… Tomei conhecimento de que, assim como eu, dezenas de pessoas procuram a delegacia de crimes virtuais todos os dias, em sua grande maioria são mulheres que sofreram ofensas e ameaças de todos os tipos. Não se calem. Denunciem!!!”, disse.
Ela também comentou a experiência de ver seu nome associado a uma suposta sex tape.
“Foi muito violento mesmo não sendo eu naquele vídeo, fico imaginando a dor de quem é realmente vítima de pornografia de vingança ou qualquer tipo de exposição da sua intimidade. A internet não se apaga. Cuidem-se. Nossa privacidade é um bem muito valioso pra entregar nas mãos de outras pessoas. Deixo aqui meu agradecimento especial a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes da Internet)”, concluiu.
Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), o delegado Pablo Sartori Sartori explicou, em entrevista à imprensa, que o depoimento e o material levado por Paolla Oliveira à delegacia foi considerado suficiente para iniciar a investigação.
“Com o depoimento e material que a polícia tem, a instauração de inquérito, quebra de sigilo policial, nós partimos para identificação dos autores e a pena pode chegar até um ano de prisão”.
De acordo com o delegado, como é um vídeo falso relacionando a atriz, algo que ela não participou, trata-se de um crime conta a honra simples.
“O importante destacar é que vários crimes como esse aconteceram, e como todos os anteriores, nós vamos descobrir quem são os autores e serão levados para a Justiça para responder pelo crime”.
O delegado destacou que embora as pessoas pensem que na internet estão protegidas pelo anonimato, isso não acontece. “A polícia sempre descobre e leva à Justiça os autores dos fatos. Todos os que propagam e replicam o vídeo respondem pelo crime da mesma forma”, acrescentou.