A atriz Denise Nickerson, que na infância estrelou a primeira versão de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de 1971, morreu nesta quinta (11/7), aos 62 anos. Ela sofreu um derrame em 2018 e entrou em coma, e desde então vinha sendo mantida viva com a ajuda de aparelhos. O falecimento aconteceu logo após sua família decidir desligá-los.
Por conta do estado frágil, sofria com convulsões e recentemente contraiu uma pneumonia que deixou a situação ainda mais delicada.
A família está buscando doações por meio do site GoFundMe para o enterro e o pagamento das dívidas com o hospital. Ela estava sendo tratada por seu filho e nora.
Denise fez seu papel mais famoso quando tinha 13 anos, mas estreou muito antes na televisão, com apenas 8 anos, num episódio da série infantil “Flipper” de 1965. Ela também atuou em mais de 70 capítulos da cultuada novela gótica “Dark Shadows”, entre 1968 e 1970, antes de fazer sua estreia no cinema como Violet Beauregarde, a garota competitiva, arrogante e mascadora de chicletes, que ganha o prêmio de uma visita à fábrica de chocolates de Willy Wonka (Gene Wilder), junto de outras crianças.
Apesar da precocidade e do sucesso do filme, a carreira da atriz foi curta. Ela estrelou o programa humorístico “The Electric Company” entre 1972 e 1973, fez algumas aparições em séries da época, como “A Família Sol Lá Si Dó” (The Brady Bunch) e “Abertura Disneylândia”, e apenas mais dois filmes, a comédia “Sorria” (Smile, 1975), estrelada por Bruce Dern, e “Zero a Sessenta” (Zero to Sixty, 1978), com Joan Collins. Curiosamente, ambos também se tornaram cultuados.
Depois disso, ela só voltou a aparecer num documentário dos 30 anos de “Dark Shadows”, lançado em 1996, e fez poucas aparições em programas televisivos como ela mesma.
Ao se afastar de Hollywood, ela se tornou uma enfermeira.
Sua última entrevista foi registrada em 2016, por ocasião da morte de Gene Wilder, intérprete de Willy Wonka no filme de 1971. “Eu me sinto uma senhora de muita sorte por ter participado de algo que trouxe sorrisos para tantos rostos”, ela disse na ocasião, refletindo sobre o legado de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”.