O youtuber e cantor americano Austin Jones foi condenado a dez anos de prisão por induzir menores, solicitar e receber pornografia infantil. Ele já havia se declarado culpado em fevereiro, quando admitiu ter incitado seis fãs de cerca de 14 anos a enviarem vídeos sexualmente explícitos entre 2016 e 2017.
“A produção e o recebimento de pornografia infantil são ofensas extraordinariamente graves que ameaçam a segurança de nossos filhos e comunidades. As ações de Jones tiraram algo de suas vítimas e de suas famílias que eles nunca conseguirão recuperar”, disse a promotora Katherine Neff Welsh nos autos do julgamento, que aconteceu em Illinois, nos Estados Unidos.
Austin Jones admitiu ter trocado mensagens com fãs em que pedia para que elas provassem ser suas fãs, enviando vídeos com conteúdo sexual para ele. Ele ainda prometia ajudá-las a ganhar mais seguidores no Instagram caso mandassem o conteúdo.
De acordo com registros do tribunal, citados pela revista People, ele pediu a duas das garotas identificadas na investigação como ‘vítima A’ e ‘vítima B’ que rebolassem para a câmera, com seus genitais à mostra, repetindo quantos anos tinham.
“Você tem que fazer uma introdução para o vídeo. No começo, chegue bem perto e diga: ‘ei, Austin, aqui é [nome] e esta ‘b*nda’ tem [idade] anos. Depois balance por 30 segundos. Entendeu?”, disse Austin. Ambas as garotas, de 14 anos, teriam aceitado o pedido e mandado o material.
“Que incrível seria para você! Ter o seu cantor favorito espancando sua b*nda. Se você tiver sorte, quem sabe eu deixo você me ch*par”, afirmou ainda ele, segundo a publicação.
O influenciador digital admitiu também ter tentado coagir menores em outras 30 ocasiões, através do Facebook, pedindo vídeos e fotos pornográficas.
Em 2015, quando as primeiras acusações vieram à tona na internet, ele fez um anúncio em vídeo admitindo que teria pedido vídeos para suas fãs que estariam ‘apenas dançando’.
“Não é algo do qual me orgulhe, não é algo que acredite que esteja certo e eu não deveria ter feito”, afirmou na gravação.
Hoje com 26 anos, ele tinha 530 mil assinantes em seu canal, em que costumava publicar versões de músicas à capela, que foram vistos mais de 41 milhões de vezes.
Após o escândalo, o canal do cantor foi banido pelo YouTube.