A péssima bilheteria de estreia de “Máquinas Mortais” na América do Norte acionou alarmes no estúdio Universal.
A sci-fi abriu com uma arrecadação apocalíptica de apenas US$ 7,5M (milhões) em seu primeiro fim de semana em cartaz nos Estados Unidos e no Canadá. O fim do mundo.
Embora tenha se saído melhor no exterior, atingindo um total de US$ 42,3M, dificilmente seu orçamento de US$ 110M será coberto. Para piorar, fontes ouvidas pelo site Deadline garantem que o total gasto na produção foi muito maior que o divulgado.
Após consultar analistas do mercado, o site considerou que o filme pode render um prejuízo estimado entre US$ 100M a US$ 150M, após deduzir impostos, salários de equipe e todos os gastos de marketing.
A Universal apostou que o nome de Peter Jackson, coautor do roteiro e responsável pela produção, seria suficiente para atrair o público. Perdeu.
O cineasta de “O Senhor dos Anéis” não assinou a direção do filme, que ficou a cargo do estreante Christian Rivers, assistente de Jackson nos filmes do “Hobbit” e técnico de efeitos visuais nas duas trilogias da Terra Média.
Para completar, a produção foi protagonizada por atores pouco expressivos como Hera Hilmar (série “Da Vinci’s Demons”), Robert Sheehan (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”) e Jihae (série “Mars”). Não são exatamente astros de blockbusters.
Os nomes mais famosos do elenco são Hugo Weaving (“O Hobbit”) e Stephen Lang (“Avatar”), que vivem os antagonistas.
Mesmo assim, havia planos de lançar uma franquia baseada no longa, extraído do primeiro volume de uma quadrilogia literária do escritor britânico Philip Reeve, conhecida como as “Crônicas das Cidades Famintas”.
A história é completamente absurda, sobre cidades gigantescas que devoram o que encontram pelo caminho, transformadas em aparatos gigantescos via tecnologia steampunk, na vastidão desértica do pós-apocalipse.
O fracasso enterra de vez o ciclo das adaptações de distopias juvenis, que já tinha levado tiros fatais anteriormente, mas não na cabeça.
“Máquinas Mortais” não terá continuação, assim como a “5ª Onda”, “O Doador de Memórias”, “A Hospedeira” e “Divergente”, que ficou sem final com o cancelamento de seu quarto filme. Apesar disso, vem aí “Chaos Walking” em 2020.
O filme não dirigido por Peter Jackson estreia no Brasil em 10 de janeiro, mesmo dia de “Hellboy” e do elogiadíssimo “Homem-Aranha no Aranhaverso”.