A Diamond Films divulgou o trailer legenado de “Lizzie”, suspense indie que reimagina um dos assassinatos mais brutais dos Estados Unidos, ao apresentar uma versão lésbica de Lizzie Borden, jovem acusada de matar os próprios pais à machadas no final do século 19.
Chloë Sevigny (série “Bloodline”) vive a personagem-título, que nesta versão é uma mulher que busca se libertar do pai dominador e agressivo. Ela encontra uma cúmplice na empregada da família, Bridget Sullivan (Kristen Stewart, de “Personal Shopper”), que sofre assédio de seu pai, enquanto sua mãe finge não ver. A identificação das duas vira romance e, a partir daí, tudo transcorre para o desfecho trágico que marcou a história dos crimes americanos.
Apesar de o roteiro ser creditado ao iniciante Bryce Kass, a teoria do relacionamento lésbico entre Lizzie e Bridget foi formulada originalmente pelo escritor Ed McBain em seu romance de 1984, que também se chamava apenas “Lizzie”.
O caso real se tornou o primeiro julgamento midiático dos Estados Unidos e seu veredito rende discussões e teorias até hoje, já que deixou em aberto a identidade do verdadeiro(a) assassino(a). Mesmo inocentada, Lizzie Borden acabou virando lenda urbana e entrou na cultura pop, tendo rendido várias músicas, filmes e séries. Entre as diversas atrizes que já interpretaram a personagem estão Elizabeth Montgomery (estrela da série clássica “A Feiticeira”) e Christina Ricci (“O Cavaleiro sem Cabeça”), que estrelou um telefilme e uma série recentes no canal pago americano Lifetime – respectivamente, “A Arma de Lizzie Borden” (2014) e “The Lizzie Borden Chronicles” (2015).
Dirigido por Craig William Macneill (do terror “O Garoto Sombrio”), o filme ainda inclui no elenco Jamey Sheridan (“Spotlight”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Kim Dickens (“Fear the Walking Dead”) e Denis O’Hare (“American Horror Story”).
“Lizze” foi exibido no Festival de Sundance 2018, onde recebeu elogios – atingiu 70% de aprovação no Rotten Tomatoes. A estreia comercial aconteceu em setembro nos Estados Unidos, mas o lançamento no Brasil só está programado apenas para março – isto mesmo, meio ano depois.