Harvey Weinstein está enfrentando sua primeira acusação de abuso sexual de menor. O produtor de Hollywood, denunciado por assédio, abuso e estupro por dezenas de mulheres, vai responder à nova alegação na justiça.
Uma atriz não identificada afirmou que tinha 16 anos quando foi assediada pelo produtor em 2002. Segundo os registros oficiais, Weinstein a levou para seu apartamento no SoHo, em Nova York, abaixou suas calças e obrigou a adolescente a massagear seu pênis.
Ela conseguiu fugir do apartamento e anos depois conseguiu um papel em “Diário de Uma Babá” (2007), da TWC (The Weinstein Company), o que fez com continuasse em contato com o produtor. Por conta disse, em 2008, teve outra reunião com Weinstein, que se comportou de maneira semelhante.
Após ser rejeitado, o produtor garantiu que ela nunca conseguiria trabalhar novamente na indústria cinematográfica, o que a teria deixado depressiva e intensificado sua anorexia.
“A acusação é absurda”, disse Ben Brafman, advogado do produtor à imprensa americana. “Assim como tantas outras mulheres que já foram expostas como mentirosas, a alegação, que já tem quase 20 anos, também será comprovada como falsa”.
Recentemente, Weinstein conseguiu uma vitória na judicial quando um juiz da corte de Nova York decidiu descartar uma das seis acusações de abuso sexual pelas quais ele responde na justiça.
Weinstein responde por apenas uma fração das denúncias de assédio e abuso sexual que pesam contra ele, devido à prescrição dos crimes, que aconteceram ao longo de três décadas. O produtor foi citado por mais de 60 mulheres desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker expuseram seu comportamento abusivo, dando origem ao movimento #MeToo e a uma onda de demissões de produtores abusivos, após a pressão das redes sociais decretar o fim do acobertamento desse tipo de atitude.