O filme “Petra” foi o grande vencedor do 28º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. Coprodução da Espanha, França e Dinamarca, o longa do diretor catalão Jaime Rosales conquistou o Troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Longa-metragem, Direção, Roteiro e Ator (Joan Botey). O filme, que conta a história de uma jovem em busca da identidade do pai biológico, foi vencedor também do Prêmio da Crítica.
As conquistas representam as primeiras vitórias da produção europeia num festival internacional, após ser exibido em maio na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. A estreia comercial está marcada apenas para outubro na Espanha.
Entre os brasileiros, quem se saiu melhor foi o longa cearense “O Barco”, de Petrus Cariry, com quatro prêmios: Melhor Fotografia, Trilha Sonora Original, Som e o prêmio Olhar Universitário.
Outros destaques da premiação incluem o chileno “Cabras de Merda”, de Gonzalo Justiniano, vencedor nas categorias de Melhor Direção de Arte e Atriz (Natalia Aragonese), e “Diamantino”, uma coprodução de Portugal, França e Brasil, dirigida pela dupla Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, vencedor na categoria de Melhor Montagem.
Ou seja, metade dos oitos filmes exibidos foram premiados. E isto que há 12 categorias de premiação, um exagero desproporcional em relação à disputa, quase como se a intenção fosse premiar todo mundo. Essa facilidade, claro, diminui muito a importância de se vencer um troféu no evento.
O júri da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem foi composto por Belisario Franca (Brasil), Stephen Bocskay (Estados Unidos), Belisa Figueiró (Brasil), Gustavo Salmerón (Espanha) e Emilio Bustamante (Peru).
Na mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem o filme “Nova Iorque”, do pernambucano Leo Tabosa, teve vitória dupla, eleito pelo júri oficial da mostra e também pela votação da crítica.
Veja a lista dos vencedores:
MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM
Prêmio da “Petra”, de Jaime Rosales
Olhar Universitário: “O Barco”, de Petrus Cariry
Melhor Ator: Joan Botey, por “Petra”
Melhor Atriz: Natalia Aragonese, por “Cabras de Merda”
Melhor Direção de Arte: Carlos Garrido, por “Cabras de Merda”
Melhor Trilha sonora original: João Victor Barroso, por “O Barco”
Melhor Som: Yures Viana, Erico Paiva e Petrus Cariry, por “O Barco”
Melhor Montagem: Raphaelle Martin-Holger, por “Diamantino”
Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “O Barco”
Melhor Roteiro: Jaime Rosales, Michel Gaztambide, Clara Roquet, por “Petra”
Melhor Direção: Jaime Rosales, por “Petra”
Melhor Longa-metragem: “Petra”
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM
Troféu Samburá – Melhor diretor de curta-metragem: Gulherme Gehr, por “Plantae”
Troféu Samburá – Melhor Curta-metragem: “O Vestido de Myriam”, de Lucas Rossi
Olhar Universitário: “O Vestido de Myriam”, de Lucas Rossi
Prêmio da “Nova Iorque”, de Leo Tabosa
Melhor Produção Cearense: “A Canção de Alice”, de Barbara Cariry
Melhor Roteiro: Sabrina Garcia, por “Só Por Hoje”
Melhor Direção: Lucas Rossi, por “O vestido de Myriam”
Melhor Curta-metragem: “Nova Iorque”, de Leo Tabosa