Apesar da carta aberta do elenco da franquia “Guardiões da Galáxia” e petições de fãs pedindo o retorno do diretor James Gunn ao terceiro filme da saga, a Walt Disney Company não vai recontratá-lo.
De acordo com a revista Variety, o diretor se reuniu com o presidente dos estúdios Disney, Alan Horn, responsável por sua demissão. O encontro foi pedido insistentemente pela equipe de Gunn, mas Horn o aceitou apenas por cortesia e para “esclarecer as coisas”, na descrição da publicação, que ainda revelou que Kevin Feige, presidente do Marvel Studios, estava convenientemente indisponível para participar da reunião.
Gunn foi demitido após tuítes antigos, com piadas envolvendo estupro e pedofilia, serem desenterrados de sua conta pessoal por um grupo de extrema direita. Apesar dos posts terem uma década, quando o diretor ainda não estava sob contrato da Marvel, a Disney encarou as declarações como algo muito sério e inaceitável para a imagem da empresa. Além disso, o próprio presidente Alan Horn emitiu publicamente a ordem de demissão. O cargo é muito grande, assim como o ego, para voltar atrás.
Entretanto, a Variety afirma que o roteiro de Gunn será usado em “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. Caso isto se confirme, a demissão se tornará uma grande hipocrisia. Afinal, foi justamente por escrever textos (no Twitter) e não por seu trabalho como diretor que ele foi demitido.
Agora, a Marvel terá a missão de encontrar um novo diretor para a sequência de “Guardiões da Galáxia”, além de precisar lidar com um elenco insatisfeito.
Já o cineasta deve começar a analisar em breve a proposta para dirigir um filme dos super-heróis da DC Comics, rival histórica da Marvel, ou aceitar propostas para voltar ao cinema indie. Mas esta decisão pode demorar, já que sua demissão precisa cumprir rituais jurídicos. Gunn tem direito a uma indenização por quebra de contrato da Disney sem justa causa. Ele não tuitou ou fez qualquer coisa ofensiva durante a vigência de seu acordo com a Marvel.