Angelina Jolie visita cidade iraquiana destruída pela guerra contra o Estado Islâmico

A atriz Angelina Jolie visitou no sábado (16/6) a cidade iraquiana de Mossul, transformada em destroços pela guerra contra o Estado Islâmico, na qualidade de embaixadora especial da Agência das Nações Unidas […]

A atriz Angelina Jolie visitou no sábado (16/6) a cidade iraquiana de Mossul, transformada em destroços pela guerra contra o Estado Islâmico, na qualidade de embaixadora especial da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Ela aproveitou a oportunidade para pedir à comunidade internacional que não se esqueça dos iraquianos.

“Espero que haja um compromisso contínuo para reconstruir e estabilizar toda a cidade (de Mossul). E faço uma chamada à comunidade internacional para que não se esqueça de Mossul e não desvie sua atenção dessas pessoas”, disse em discurso diante das ruínas da mesquita Al-Nuri, onde o líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, instaurou o “califado”, que levou a região à guerra.

Jolie caminhou entre as ruínas dos edifícios nas estreitas ruas da parte antiga da cidade e se reuniu com famílias que perderam tudo, para saber como estavam os esforços para reconstruir a comunidade, quase um ano depois de Mossul ser recuperada pelas forças iraquianas.

“Esta é a pior devastação que vi em todos os meus anos trabalhando com a Acnur. Aqui, as pessoas perderam tudo: seus lares foram destruídos… não têm remédios para seus filhos e muitos não têm água corrente e nem serviços básicos. Ainda estão rodeados de corpos entre os escombros”, afirmou.

A batalha na parte antiga foi a última fase da ofensiva em Mossul, que durou quase nove meses, e foi a mais sangrenta de todas as iniciadas pelas forças iraquianas apoiadas pela coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos.

“Frequentemente a gente acredita, como comunidade internacional, que quando a luta termina, o trabalho está terminado. Mas as condições que observei aqui no oeste de Mossul são espantosas”, indicou Jolie, em um dia de celebração pelo Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

Os iraquianos “estão traumatizados, mas também têm esperanças. Estão limpando suas casas com as próprias mãos, e se oferecem como voluntários, ajudam uns aos outros. Mas eles necessitam da nossa ajuda”, acrescentou a atriz.