O filme “Climax”, do polêmico diretor Gaspar Noé, foi o grande vencedor da Quinzena dos Realizadores 2018, mostra paralela ao Festival de Cannes. A produção é outra obra de sexo explícito do cineasta argentino radicado na França, que chegou a ser descrita pelo jornal britânico The Guardian como “delírio satânico de sexo e desespero de uma trupe de dança”.
No filme, uma companhia de dança faz uma festa pós-ensaio que ganha rumos inesperados quando os jovens dançarinos percebem que alguém batizou o ponche com LSD. O ápice da loucura é uma cena de orgia coletiva. Mas há momentos de terror puro. Veja o trailer aqui.
Especialista em filmes sexualmente agressivos, Noé ficou conhecido por “Irreversível” (2002), que apresentou uma cena de 9 minutos de estupro da personagem de Monica Bellucci. Seu filme mais recente, “Love” (2015), tinha cenas reais e explícitas de sexo filmadas em 3D.
O mais curioso é que o próprio Noé ficou surpreso com a reação positiva ao filme. Em entrevistas, ele disse que o seu agente o alertara para reações piores do que aos longas “Love” ou “Viagem Alucinante” (2009), exibidos em edições anteriores do festival francês. Mas aconteceu o oposto.
Já o prêmio de melhor curta-metragem foi para “Skip Day”, documentário codirigido pelo americano Patrick Bresnan e a brasileira Ivete Lucas, que vive atualmente nos Estados Unidos. A dupla já tinha sido premiada no festival SXSW em 2016 pelo curta documental “Send Off” e prepara um documentário em longa-metragem sobre a cidadezinha retratada nos dois, “Pahokee”, uma comunidade majoritariamente negra e jovem da Flórida.