Morgan Freeman, um dos atores veteranos mais respeitados de Hollywood, foi acusado por oito mulheres de conduta inapropriada e assédio sexual. Outras oito pessoas confirmaram as acusações, numa reportagem exibida nesta quinta-feira (24/5) pela rede CNN. O ator e sua equipe foram procurados pelo canal de notícias, mas não se pronunciaram.
Um dos casos aconteceu recentemente, durante as filmagens de “Despedida em Grande Estilo” (2017). Uma assistente de produção afirmou à CNN que Freeman a tocou sem consentimento nas costas durante meses e fez comentários sobre o seu corpo e suas roupas.
“Ele ficava tentando levantar a minha camisa e perguntava se eu estava de lingerie”, contou a assistente de produção, que não teve o nome revelado. Segundo ela, o assédio foi tão grande que o ator Alan Arkin, que também estava no elenco do filme, mandou Freeman parar.
Outro caso aconteceu nas filmagens de “Truque de Mestre”, de 2013. A CNN ouviu uma mulher envolvida na produção do filme, que revelou ter sido assediada pelo ator em várias oportunidades, também com comentários sobre o seu corpo. Outras mulheres da equipe passaram pelo mesmo problema, segundo a fonte da reportagem.
Quatro pessoas ouvidas pela CNN afirmaram que nos últimos dez anos viram Freeman deixar as mulheres desconfortáveis no ambiente de trabalho. Duas alegaram terem sido tocadas inapropriadamente pelo ator, entre elas a assistente de produção que contou sobre a tentativa de Freeman tirar a sua camisa. Mas nenhuma dessas pessoas relatou o problema a produtores ou autoridades, com medo de perder o emprego.
O ator de 80 anos é tão venerado que seu personagem mais marcante é ninguém menos que Deus, papel que viveu em “Todo Poderoso” (2003) e “A Volta do Todo Poderoso” (2007) e que ele ainda explorou na série documental “The Story of God with Morgan Freeman”. Ele também ficou ficou marcado por filmes como “Conduzindo Miss Daisy” (1989),”Seven: Os Sete Crimes Capitais” (1995), “Um Sonho de Liberdade” (1994), “Red: Aposentados e Perigosos” (2010), “Invictus” (2009), no qual viveu Nelson Mandela, e “Menina de Ouro” (2004), que lhe rendeu um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.