O filme português “Diamantino”, que conta com coprodução do Brasil e da França, venceu o Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes. O segundo longa da dupla Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt (que antes colaborou em “Palácios de Pena”, de 2011) trata de maneira bem-humorada assuntos da atualidade, como o culto à celebridade, o crescimento da extrema direita e a crise dos refugiados na Europa.
A trama gira em torno do personagem-título, o jogador de futebol Diamantino (Carloto Cotta). Depois de ser responsabilizado por um dos maiores fracassos da história recente do futebol português, o jogador resolve abandonar os campos. Em crise, ele decide fazer uma série de coisas em busca de um novo propósito na vida, entre elas adotar um refugiado. Mas enquanto embarca nessa odisseia, as irmãs gêmeas do jogador tramam para continuar lucrando às custas do seu talento nas quatro linhas.
A participação brasileira na produção é da Syndrome Films, de Daniel van Hoogstraten, que emitiu um comunicado comemorativo.
“É inacreditável, emocionante! Estou extremamente feliz e honrado com o Grande Prêmio da Crítica de Cannes. O reconhecimento é a recompensa ao trabalho árduo, complexo, e à ousadia de um filme que derruba barreiras e paradigmas. O primeiro trabalho internacional da Syndrome não majoritariamente brasileiro, mas que conseguimos realizar com apoio da ANCINE e do FSA. Ao longo de seis anos, foram muitas idas e vindas, conversas, novas versões do roteiro, e a prova de que estamos no caminho certo não poderia ser melhor”, disse o produtor.
Coberto de críticas positivas, o filme foi descrito como “surreal” pela imprensa internacional.
“Diamantino” será distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes, em data ainda não definida.