O ator Chris Pratt, intérprete de Peter Quill, o Senhor das Estrelas nos filmes da Marvel, participou de um evento com fãs na noite de quarta-feira (5/4), no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Diante de mais de 800 pessoas, ele respondeu perguntas do público e falou um pouco sobre sua participação no filme “Vingadores: Guerra Infinita”, que estreia no Brasil em 26 de abril.
Ele também fez algumas confissões, mostrando sempre seu bom humor. Por exemplo, quando terminou de filmar o primeiro “Guardiões da Galáxia” (2014), ficou com medo de se tornar o responsável pelo fracasso da produção.
“Filmar a primeira cena de ‘Guardiões’ foi muito divertido. A música estava tocando alto no set, gravamos em um ou dois dias e, no final, eu não conseguia tirá-la da cabeça”, contou, sobre a cena em que Peter Quill dança entre ruínas, chutando pequenos aliens ao som de “Come and Get Your Love”, de Redbone.
“Mas quando acabaram as filmagens, eu comecei a ficar muito nervoso. Eu só me via dançando e pensava: ‘estraguei o filme!’. Só fiquei tranquilo quando comecei a ver a reação das pessoas, elas realmente curtiram aquilo. Quem faz um filme não tem uma ideia muito precisa do seu desempenho nele”, completou, rindo.
“Guardiões da Galáxia” foi a aposta mais inusitada da Marvel. Filmar um grupo de super-heróis espaciais que quase ninguém conhecia – nem mesmo os leitores de quadrinhos – com um diretor de terrores trash parecia a receita certa para um fracasso. Entretanto, a produção faturou US$ 773,3 milhões nas bilheterias de todo o mundo, rendeu uma sequência ainda mais bem-sucedida e agora seus personagens vão se encontrar com os Vingadores, num crossover para entrar para a História do Cinema.
Em retrospecto, Chris Pratt agora celebra o fato de ter sido escalado para viver um personagem obscuro, em vez do Homem-Aranha como o “coitado do Tom Holland”.
“As pessoas não sabiam quem era Peter Quill antes do primeiro filme dos ‘Guardiões’. Era um time menor de heróis dos quadrinhos, não tinha muita gente que lia e quem lia podia nem conhecer a encarnação dos personagens que incluía o Senhor das Estrelas. Isso teva algumas vantagens. O público não tinha expectativas nem versões anteriores com quem me comparar. A responsabilidade do coitado do Tom Holland, por exemplo, é bem maior, porque o Homem-Aranha teve encarnações ótimas antes. Com Peter Quill, as expectativas não eram muito altas, e acho que nos saímos bem. Agora as pessoas já o conhecem, sabem qual é a sua personalidade, e podemos brincar com isso”, disse o ator.
Agora que o personagem está estabelecido, ele está mais a vontade para interagir com outros heróis mais famosos, o que acontece o tempo inteiro em “Guerra Infinita”. E o resultado, ele garante, é muito engraçado. “Não tem nada mais engraçado do que uma pessoa com um ego enorme encontrar outra que também tem um ego enorme. É um ótimo material para comédia”.
Pratt não se intimidou e nomeou os outros heróis egocêntricos. “O Homem de Ferro, o Doutor Estranho e Peter Quill têm egos enormes. Os personagens, não os atores, não existem atores egocêntricos”, brincou, arrancando risos do público.
“Então essa era uma questão que entrava em jogo. Mas nada melhor do que um inimigo em comum para unir as pessoas mais opostas. E Thanos representa isso, é um psicopata assassino megapoderoso”, afirmou.
Ele ainda revelou alguns detalhes dos bastidores das filmagens, revelando que, embora possa parecer uma dificuldade reunir tantos astros famosos numa mesma produção, a realidade da convivência fora de cena foi muito prazerosa. “Foi como uma festa na semana em que gravamos as cenas com todos os heróis, nós tiramos uma foto conjunta com dezenas e dezenas de personagens da Marvel e tinha uma tenda fora do set de filmagens com sofás, bar, onde todo mundo ficava conversando e foi bem mais legal do que eu imaginava”, comentou o ator.
Para completar, Pratt comentou sobre alguns dos atores com quem contracenou no filme. “Lenda”, ele definiu Robert Downey Jr., que interpreta o Homem de Ferro. E quando perguntado sobre Tom Holland, o Homem-Aranha, ele respondeu “futuro”, sugerindo que o personagem terá importância na próxima fase de filmes da Marvel – ainda há dois filmes solos previstos para o Homem-Aranha.
Antes da exibição de uma cena inédita do novo longa, o ator deixou o palco com a bandeira brasileira e ainda surpreendeu três fãs durante gravação de um vídeo sobre o filme.